"Criada para viabilizar publicações "relativas às atividades parlamentares desenvolvidas no âmbito dos plenários e das comissões, tais como separatas de projetos de lei, leis, discursos, requerimentos e síntese de atividade parlamentar", a “gráfica do Senado” é utilizada por senadores para autopromoção e publicação de livros. As informações são do jornal “Folha de S. Paulo”. A Secretaria Especial de Editoração e Publicações, que tem gasto anual de R$ 30 milhões, é utilizada por Senadores para imprimir seus livros, por exemplo. Cada senador recebe por ano uma cota de R$ 8.500 para usar os serviços da gráfica. Mas, na prática, os congressistas conseguem serviços que custariam muito mais no setor privado. Em média, eles pedem tiragem inicial de 5.000 exemplares. Numa editora comercial, livros inéditos costumam sair com 2.000 exemplares, exceto se forem candidatos a best-seller. ACM Júnior (DEM-BA) usou a gráfica para publicar o livro "ACM: Uma História de Amor à Bahia e ao Brasil", 414 páginas em homenagem a seu pai, o senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007. Numa gráfica privada, 10 mil exemplares da obra, em papel couchet, brilhante, sairia por R$ 26.700, segundo pesquisa feita pela Folha no mercado. Dez mil exemplares de "Palavra de Mulher", da ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), em outra gráfica custariam cerca de R$ 40 mil, quase cinco vezes a cota. No livro, com 56 fotos e uma charge de Heloísa, para 23 páginas de texto, ela condena a vaidade. "Devemos todos os dias, ao sair de casa, esmagar a vaidade e cuspir no poder.""O Brasil Fala: Correspondências dos Brasileiros para o Senador Mário Couto" é um compilado de e-mails elogiosos ao congressista do PMDB. Na introdução, a justificativa para a publicação: "Uma história de vida que precisa ser contada".
* Do IG, leia mais aqui.
sábado, 4 de abril de 2009
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4 comentários:
Oh coisa feia!!!
Ô bicho do cabeção esse ACM neto!
Uma correção, Eliomar: quem publicou o livro sobre o pai foi ACM Junior. Você colou a foto do ACM Neto, que terminou levando a culpa pelo pai.
Embora seja um ato condenável, não é justo que o neto pague pela lambança do pai pra homenagear o avô, né?
ACM merece todas as homenagens, isso é dito inclusive pelos adversários.
O nome dele já está na história como uns dos maiores realizadores da política. Ele construiu a Bahia.
Como diz Caetano Veloso:
"Me larga, não enche
Você não entende nada
E eu não vou te fazer entender...
Me encara, de frente
É que você nunca quis ver
Não vai querer, nem vai ver
Meu lado, meu jeito
O que eu herdei de minha gente
Eu nunca posso perder
Me larga, não enche"
Deixem ele em paz...
Tião Viana (PT-AC) afirmou que o parlamentar baiano foi “um
dos maiores vultos da história política brasileira”.
O senador enalteceu a coragem de ACM, manifestada em diversas ocasiões, como ao propor a criação da CPI que investigou o Judiciário e expôs mazelas como o escândalo
da construção do edifício do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) de São Paulo.
Tião Viana leu testemunhos favoráveis a Antonio Carlos.
Aloizio Mercadante (PT-SP) destacou entre as realizações
mais importantes de Antonio Carlos no Senado a pactuação de acordos políticos fundamentais para o desenvolvimento do país, como os que viabilizaram o Fundo de
Combate à Pobreza e a política de valorização do salário mínimo. O parlamentar ressaltou ainda a contribuição do senador baiano para a aprovação do pacote de segurança pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), em abril deste ano.
Mercadante disse que o empenho e a firmeza do representante baiano foram decisivos para que a omissão votasse o pacote com agilidade e competência.
O senador Marco Maciel (DEM-PE) relembrou os 30 anos de amizade
com Antonio Carlos Magalhães, ao qual elogiou dizendo que não se tratava de um simples político: “ACM era uma instituição”. Maciel recordou ter participado dos mesmos partidos de Antonio Carlos: Arena, PDS, PFL e, agora,Democratas. Para o senador, Antonio Carlos era um “autêntico líder”, além de corajoso e intuitivo.
Em discurso emocionado, Pedro Simon (PMDB-RS) destacou o que eram, para ele, as duas principais características do senador Antonio Carlos Magalhães: a competência político-administrativa e a capacidade de formação de
novos quadros. Simon lembrou ter estado do lado oposto a Antonio Carlos durante toda a vida, mas disse ser impossível desconhecer suas qualidades.
– Reconheço nele a figura de um político sui generis na história do Brasil.
“Tive com o senador Antonio Carlos Magalhães, em que pesem as nossas
diferenças, uma relação de respeito e amizade”, declarou Eduardo Suplicy (PT-SP). Ele destacou a proposta de emenda à Constituição, apresentada por
ACM, que criou o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.
Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que o Senado estava tendo ontem a
oportunidade de prestar uma homenagem não a um grande político, mas a um grande líder. O senador elogiou a competência com que Antonio Carlos conduziu
o processo político brasileiro na oposição e no diálogo com o governo.
Para ele, até mesmo o governo, a quem Antonio Carlos fazia oposição, sentirá sua falta, pelo interlocutor que ele foi, não apenas pelos erros que apontava.
Fonte: Jornal do Senado
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