"A Polícia Federal encerrou a primeira fase de um procedimento que deve levar à exclusão de Protógenes Queiroz de seus quadros. O delegado Amaro Vieira Ferreira informou aos seus superiores que encerra nesta sexta-feira (3) o inquérito que apura supostos desvios de conduta na Operação Satiagraha. Depois de investigar o caso por oito meses, Amaro concluiu que Protógenes infringiu a lei à época em que comandava a operação. Acusa-o de violar o sigilo funcional, vazando dados sigilosos do inquérito que apura crimes atribuídos a Daniel Dantas e ao Grupo Opportunity. Sustenta que Protógenes desrespeitou a lei de interceptações telefônicas. Anota que a participação de agentes da Abin na Satiagraha foi ilegal. Afirma que não houve autorização judicial para o recrutamento dos mais de 80 arapongas da Abin que atuaram na Satiagraha. A requisição dos servidores da Agência Brasileira de Inteligência tampouco foi formalizada nas instâncias administrativas. Deu-se de forma oculta. De resto, Amaro empilha no relatório evidências que, a seu juízo, comprovam que os arapongas realizaram tarefas que, segundo diz, são típicas de polícia judiciária. Manuseram senhas exclusivas de policiais federais. Senhas que dão acesso a um equipamento chamado Guardião, onde a PF armazena as escutas telefônicas. Fizeram transcrições de grampos telefônicos cujo acesso lhes era vedado por lei. Realizaram registros fotográficos, filmagens e escutas ambientais. O miolo do relatório da Corregedoria traz conclusões relacionadas à “prova-mãe” de um inquérito que levou à única condenação imposta, por ora, a Daniel Dantas. Trata-se da filmagem que expôs prepostos do mandachuva do Opportunity oferecendo a um delegado federal propina de R$ 1 milhão.
Segundo o delegado Amaro Vieira a captação e a edição das imagens enviadas à Justiça foram feitas com a participação de pessoas estranhas à PF. Profissionais da “TV Globo”. A fita foi decisiva para que o juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo impusesse a Daniel Dantas a sentença de 10 anos de reclusão, mais multa. O texto de Amaro Vieira será remetido ao Ministério Público e ao juiz federal Ali Mazloum, responsável pelo inquérito. Cabe ao Ministério Público oferecer denúncia contra Protógenes ou sugerir o arquivamento do processo. O parecer dos procuradores da República pode ser acatado ou não pelo magistrado Mazloum, a quem cabe decidir se Protógenes será convertido em réu. Em diálogos privados, Mazloum declara-se impressionado com as informações carreadas aos autos pelo delegado Amaro Vieira antes mesmo da conclusão do trabalho. A julgar pelas impressões do juiz, dificilmente Protógenes deixará de responder a uma ação penal.
Além do delegado, estão encrencados no inquérito conduzido pela Corregedoria da PF pelo menos quatro integrantes da equipe de Protógenes. São eles: Roberto Carlos da Rocha, Eduardo Garcia Gomes, Amadeu Ranieri e Walter Guerra. Esse último é apontado como braço direito de Protógenes na primeira fase da Satiagraha. Indiciciados por Amaro Vieira no último dia 17 de março, todos eles negam os malfeitos que a Corregedoria lhes atribui. Alegam “perseguição pessoal”. Além da ação penal que o juiz Ali Mazloum deve mover, Protógenes terá de responder a um processo administrativo disciplinar a ser aberto pela PF. É um tipo de procedimento que prevê a demissão como punição máxima. Algo que o ministro Tarso Genro (Justiça) e o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, tratam, reservadamente, como favas contadas. Protógenes vive o seu inferno astral no instante em que se prepara para depor, uma vez mais, à CPI dos Grampos, na Câmara. Marcado inicialmente para este 1º de abril, o depoimento do delegado foi adiado para a próxima quarta-feira (8). Protógenes vai ao banco da CPI munido de uma liminar do STF que o autoriza a silenciar diante de perguntas que possam resultar em respostas autoincriminadoras."
(Blog do Josias de Souza)
Segundo o delegado Amaro Vieira a captação e a edição das imagens enviadas à Justiça foram feitas com a participação de pessoas estranhas à PF. Profissionais da “TV Globo”. A fita foi decisiva para que o juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo impusesse a Daniel Dantas a sentença de 10 anos de reclusão, mais multa. O texto de Amaro Vieira será remetido ao Ministério Público e ao juiz federal Ali Mazloum, responsável pelo inquérito. Cabe ao Ministério Público oferecer denúncia contra Protógenes ou sugerir o arquivamento do processo. O parecer dos procuradores da República pode ser acatado ou não pelo magistrado Mazloum, a quem cabe decidir se Protógenes será convertido em réu. Em diálogos privados, Mazloum declara-se impressionado com as informações carreadas aos autos pelo delegado Amaro Vieira antes mesmo da conclusão do trabalho. A julgar pelas impressões do juiz, dificilmente Protógenes deixará de responder a uma ação penal.
Além do delegado, estão encrencados no inquérito conduzido pela Corregedoria da PF pelo menos quatro integrantes da equipe de Protógenes. São eles: Roberto Carlos da Rocha, Eduardo Garcia Gomes, Amadeu Ranieri e Walter Guerra. Esse último é apontado como braço direito de Protógenes na primeira fase da Satiagraha. Indiciciados por Amaro Vieira no último dia 17 de março, todos eles negam os malfeitos que a Corregedoria lhes atribui. Alegam “perseguição pessoal”. Além da ação penal que o juiz Ali Mazloum deve mover, Protógenes terá de responder a um processo administrativo disciplinar a ser aberto pela PF. É um tipo de procedimento que prevê a demissão como punição máxima. Algo que o ministro Tarso Genro (Justiça) e o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, tratam, reservadamente, como favas contadas. Protógenes vive o seu inferno astral no instante em que se prepara para depor, uma vez mais, à CPI dos Grampos, na Câmara. Marcado inicialmente para este 1º de abril, o depoimento do delegado foi adiado para a próxima quarta-feira (8). Protógenes vai ao banco da CPI munido de uma liminar do STF que o autoriza a silenciar diante de perguntas que possam resultar em respostas autoincriminadoras."
(Blog do Josias de Souza)
Um comentário:
Testes reprovam pastas
Cremes dentais que prometem clarear os dentes não surtiriam efeito, segundo pesquisa da Pro Teste. De sete produtos avaliados, apenas dois apresentaram resultados satisfatórios
Aquele sorriso com dentes claríssimos das propagandas de cremes dentais branqueadores pode não ter sido resultado do uso dos produtos. A conclusão é de estudo da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) com sete pastas representativas no mercado. O resultado mostra que apenas duas teriam realmente efeito clareador.
Foram feitos três mil movimentos circulares em amostras de dentes humanos — o que equivale à escovação de um mês. Um colorímetro mediu a cor dos dentes antes e depois do procedimento, para identificar se houve mudança.
O teste também demonstrou que essas pastas são mais abrasivas do que as comuns, o que pode gerar desgaste nos dentes e, em consequência, dores e hipersensibilidade. Marina Jakubowski, química da Pro Teste, recomenda que mesmo os produtos que realmente clareiam não sejam usados por muito tempo. “O ideal é utilizá-los por um mês e dar um tempo. Ou usá-los apenas em uma das escovações diárias”.
A Pro Teste analisou ainda a irritabilidade dos produtos, com teste feito numa mucosa construída a partir de células humanas com características semelhantes à boca. O resultado mostrou que a maioria dos cremes dentais danifica até 50% das células.
A GlaxoSmithKline (Aquafresh e Sensodyne) afirmou que ambas “são registrados na Anvisa” e que “não existem testes padronizados e específicos para determinar o branqueamento” e, ainda, que a empresa “possui testes internacionais realizados para comprovação do efeito branqueador”. A Procter & Gamble (Crest) disse ter cinco estudos clínicos, três deles realizados com mais de 1.500 pacientes no total, que mostram a ação de branqueamento. A Colgate-Palmolive não quis se pronunciar.
Raimundo Nonato
Praia de Iracema
Avenida Almirante Tamandaré, 19
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