O governo chegou ao fim do dia de ontem convicto de que a tragédia envolvendo o Airbus A-320, do vôo 3054 da TAM, foi um desastre e não tem ligação direta com a crise da infra-estrutura aeroportuária do País. Por isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não planeja montar formalmente um gabinete de crise, mas pretende demitir em breve a cúpula da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e tirar poderes do ministro da Defesa, Waldir Pires. A idéia de Lula é reforçar o Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), criado em 2003 para assessorar a Presidência nas questões relacionadas ao tráfego aéreo.
O Planalto teme parecer 'autista' na crise, que começou em setembro do ano passado, após o choque do Boeing da Gol com o jato Legacy. Lula e assessores ainda avaliam a conveniência de o presidente fazer um pronunciamento sobre o assunto. Reservadamente, Lula queixou-se do brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, considerado fraco para desempenhar a função. Toda a responsabilidade pelo acompanhamento do caso foi transferida ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito."
(Estadão)
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Um comentário:
Mesmo discurso, como sempre: "uma coisa nçao tem nada a ver com a mesma coisa".
Ainda impressiona e revolta - principalmente - o cinismo do governo. em todas as esferas, inclusive.
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