sexta-feira, 18 de julho de 2008

CASO DANTAS - PRESIDENTE EM EXERCÍCIO, JOSÉ ALENCAR PEDE TRANSPARÊNCIA

"O presidente da República em exercício, José Alencar, defendeu hoje (18) a transparência na divulgação de trechos do diálogo do delegado da Polícia Federal responsável pelo comando da Operação Satiagraha, Protógenes Queiroz, na reunião da última segunda-feira (14), quando foi decidido o afastamento de Protógenes do caso. Para Alencar, as investigações da PF devem ser de acordo com a lei. “Acho que deve ser rigorosamente transparente, claro que numa investigação pode ter algum momento em que haja informações que são de exclusividade de quem está investigando, isso é natural que haja. Mas a transparência é necessária, os brasileiros desejam acompanhar tudo isso”.
Alencar também a importância das operações da PF. “Tudo tem que ser feito dentro da lei. O que a polícia tem feito é procurar coibir atividades fora da lei, de modo que dou todo meu apoio à Polícia Federal”. Ao decidir, ontem (17), divulgar apenas trechos do áudio em que o delegado Protógenes Queiroz diz não querer mais presidir o inquérito da Operação Satiagraha, a direção da Polícia Federal justificou que a opção pela uma edição ocorreu para evitar a publicidade de dados sigilosos sobre o futuro das investigações."

(Agência Brasil)

3 comentários:

Célio Ferreira Facó disse...

Vê-se bem como este caso Daniel Dantas é significativo das mazelas do País. Investigado até ao fim, deixaria compor a radiografia viva desta sociedade como a estudaram há muito, p. ex., Raimundo Faoro (O Poder aqui tem donos, não há povo.) ou Guimarães Rosa (É um país de sertões.). Mar de dinheiros inconfessáveis. Reiteradíssimas operações fraudulentas. Personagens habituais. Como o Banco Central não pôde isto ver desde o começo? Como de nada desconfiou a Receita Federal? De hábito não acham sempre estes órgãos uma incompatibilidade (Ínfima, muita vez.) nas contas e declarações até de pequenos assalariados?

Célio Ferreira Facó disse...

Como não o sabiam a ABIN, e ministérios, e o Palácio do Planalto? Na verdade, o caso desnuda, como numa endoscopia, até os intestinos, todos os vícios, fragilidades deste Governo e o expõe como igual a tudo que sempre houve na história do Brasil. Agora potencializado. A Nação compõe uma sociedade assim transigente, indolente, que transplantada para a Paris de 1789, ela não teria derrubado a Bastilha: arranjava-lhe umas escoras para manter as conveniências da velha corte moribunda. Com o sacrifício da própria felicidade.

Anônimo disse...

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