Jéfferson Hermínio Moreira (18), indiciado por tentativa de roubo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, continua preso na Casa de Custódia de Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza). Mesmo sendo réu primário, não teve a mesma sorte do banqueiro Daniel Dantas, preso pela Polícia Federal na Operação Satiagraha, sob acusação de esquema de lavagem de dinheiro. Dantas teve direito a ser posto em liberdade por duas vezes por decisão de Gilmar Mendes. Jéfferson tem advogado, mas a lentidão da Justiça no caso atrapalha. Ele está completando, nesta quarta-feira, 17 dias de prisão. Jéfferson tentou roubar, no último dia 29, o cordão de ouro do presidente do STF, Gilmar Mendes, em pleno calçadão da avenida Beira Mar. Acabou dominado por seguranças à paisana do ministro.
Na ocasião, ele foi levado para o 2º Distrito Policial, depois transferido para a Delegacia de apoio ao Turista e, em seguida, levado para a Delegacia de Capturas. Agora está na Casa de Custódia de Caucaia. No inquérito, feito pela Delegacia de Apoio ao Turista e já entregue à justiça, o rapaz está sendo acusado de roubo qualificado, pois estaria com um comparsa, que não foi preso nem identificado. Advogados consultados dizem que uma pessoa só deve esperar julgamento na prisão quando sua liberdade representa uma ameaça à ordem pública, quando pode ocultar provas ou ameaça fugir.
(Este Blog, com informações também do Bom Dia Ceará -TV Verdes Mares)
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8 comentários:
A Justiça é mesmo cega?
Ora, esse rapaz foi roubar só um coerdão de ouro. Bem feito.
O Correto seria Daniel Dantas estar preso e não servir de desculpas para soltar outros criminosos. Esse rapaz que assaltou é réu primário porque nunca teve passagem na polícia, o que não significa que tenha sido a primeira vez dele. Mesmo que tenha sido não justificaria sua soltura. O sistema judicial desse país é que é ultrapassado. Abraços
Prezado Eliomar,
Sem querer entrar no mérito dos julgados do Ministro Gilmar Mendes, faço referência ao post, que segundo nosso ordenamento jurídico, existem quatro tipos de prisão: flagrante, temporária, preventiva e a definitiva. Cada uma com suas características peculiares próprias. No caso do Jéfferson Hermínio Moreira (18), indiciado por tentativa de roubo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, ele foi preso em flagrante delito, portanto, é bem diferente dos exemplos citado por você. É bem verdade que depois da vida, é a liberdade nosso maior bem, porem, o judiciário não pode agir sem a provocação, sendo que não é de conhecimento público, que alguém tenha impetrado algum habeas corpus em favor do indiciado, portanto, não há nenhuma semelhança com os julgados que soltaram o Daniel Dantas.
Concordo com o Flávio.
Esse advogado consultado deve ser do tipo "porta de cadeia". Como esse rapaz não representa um perigo a ordem público? Ele é um assaltante! Como o ministro, ele deve ter atacado outras pessoas na Beira-Mar. Por que a reportagem da Verdes Mares não levantou isso?
A imprensa cearense, a exemplo dos Direitos Humanos, já gosta de defender bandidos.
Uma história não tem nada a ver com a outra, a não ser que elas ocorreram - e ocorrem todo dia - num mesmo país chamado Brasil, cuja maior característica é o de ser injusto com seus filhos, de ter um Estado que patrocina essa injustiça e governos/elites econômicas que se beneficiam disso ao longo da História. E nós, uns mais pobres outros menos pobres, una mais poderosos outros menos poderosos, somos todos vítimas... e cúmplices, porque passivos enquanto cidadãos, distraídos. Amanhã, uma noiva matéria no Bom Dia Ceará vai mostrar que o pedido de liberdade (provisória) para o rapaz ficou engavetado, até que finalmente foi negado pela justiça. A mãe do rapaz talvez conte que, não havendo defensores públicos disponíveis, delegados e promotores "privados", talvez esteja deixando de comer para pagar um advogado. Na gênese dessa discussão: o dinheiro achado no apartamento e atribuído como produto do esquema do Daniel Dantas, supóstamente saiu do cofre público, do nosso bolso, bem poderia estar servindo a que o "perigoso" trombadinha da Beira Mar tivesse mais oportunidades de se construir como pessoa socialmente ajustada e outras perspectivas, honestas, de ter um pouco do que sobra àquele "cidadão" que caminhava no calçadão.
Quando falo "país injusto" não quero dizer sem-justiça; quero dizer, como defende Millor Fernandes, que no Brasil, todos são iguais perante a lei, só que alguns são mais iguais do que os outros.
Explicam, explicam mas não justificam, a verdade é que a justiça só existe para pretos e pobres. Prender um corrupto em flagrante, é brincadeira!
É interessante achar que temos que soltar um criminoso para dar a ele nova chance de cometer o mesmo crime, ou talvez um ainda pior. Quantos latrocínios já foram cometidos por pessoas que já tinham praticado crimes mais leves antes ??? Cada caso é um caso. Soltar esse infrator seria um grave absurdo!!!
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