sábado, 31 de janeiro de 2009

NA SUCESSÃO DO SENADO, O PMDB AFIA AS GARRAS

"A eleição para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que acontecerá nesta segunda-feira 2, será muito mais do que uma simples disputa pelo comando das duas Casas do Congresso. Nos bastidores, as negociações apontam para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. A oposição, capitaneada pelos governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e também governo federal, com Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, à frente, converteram- se nos principais cabos eleitorais do deputado Michel Temer (SP) e do senador José Sarney (AP), candidatos do PMDB na Câmara e no Senado. O PMDB, caso confirme nas urnas o favoritismo, sairá das eleições com um alto cacife, e nem governo e nem a oposição vão prescindir de seu apoio no pleito de 2010. Por isso, esforçam-se para agradar ao partido na disputa legislativa. Ninguém faz uma coisa agora sem pensar mais para a frente", resume o atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
Hoje, o PMDB, que controla cinco ministérios, faz juras de fidelidade ao governo. Mas ninguém sabe o caminho que o partido, que sempre colocou um pé em cada canoa para manter-se eternamente no poder, vai tomar na sucessão presidencial. A oposição aposta que o PMDB agirá com pragmatismo. Ou seja, vai aliarse com o presidenciável que tiver mais chances de vencer em 2010. O próprio presidente do PMDB e candidato à Câmara mantém as portas abertas para um diálogo com o PSDB. "Compromisso com a Dilma ainda não há. Temos uma ligação hoje com o governo. Mas isso vai depender muito da reunião que o partido venha a fazer no final de 2009, começo de 2010, para tratar desse assunto", diz Temer, que contabiliza pelo menos 290 votos, entre os quais 44 dos 57 possíveis do PSDB. Para se tornar presidente, Temer tem de amealhar, no mínimo, 257 votos.
Se política fosse matemática, a equação estaria resolvida, mas mesmo no seu comando de campanha acredita-se numa traição de até 30% dos deputados. O candidato do PMDB à presidência da Câmara apoiou o PSDB nas campanhas de 2002 e 2006. Desembarcou no governo Lula, assim como o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, só depois da reeleição e mantém os laços com os tucanos. Será decisivo nas negociações para um eventual acordo com o PSDB. "É do interesse do PSDB e de José Serra fortalecer o PMDB, porque é grande a possibilidade de termos o PMDB como aliado em 2010. Estamos construindoessas futuras alianças, pensando em 2010", admitiu o deputado federal Waldir Neves (PSDB-MS), revelando a estratégia que os caciques tucanos apenas verbalizam em privado."

(Revista IstoÉ)

4 comentários:

Ismael Luiz disse...

Todos pensando nos seus interesses políticos pessoais,na sede de poder.Gostaria de ver o mesmo empenho na defesa dos interesses nacionais,daqueles que não geram benesses aos próprios bolsos dos ilustres congressistas.

Anônimo disse...

Ora, policial tem mesmo é que pagar peko prejuizo que causar ao patimônio. Essa turma é irresponsável quando pega o carro público e pensa que não é seu e, portanto, deve negligenciar. Dessa forma, todo mundo assume responsabilidades e cuida do bem público.

Anônimo disse...

Ora, e quem é que seleciona os policiais que vão dirigir os carros. Esse sim é que teria que assumir a irresponsabilidade.

Anônimo disse...

Tá certíssimo! Apurada a culpa em competente inquérito, que sejam imputados os danos a quem deu causa. É estatutário; é Direito.