O caso da censura imposta ao Jornal O POVO, que não pode publicar matéria a respeito da evolução dos bens de empresário envolvido com o Jogo do Bicho em Fortaleza, está rendendo. O líder da prefeita Luizianne Lins (PT) na Câmara Municipal, Acrísio Sena (PT), mobilizou e levará, nesta segunda-feira, à sede do jornal uma comissão de vereadores.
O grupo vai prestar solidariedade e marcará posição, conforme Acrísio, contra toda e qualquer atitude que queira pressionar ou tolher o trabalho da imprensa.
Para Acrísio, uma das conquistas que nenhum cidadão pode abrir mão é aquela que garante a liberdade de expressão e, principalmente, liberdade da informação.
Na terça-feira, Acrísio Sena ocupará a tribuna da Câmara Municipal para, em pronunciamento, condenar todo tipo de censura.
10 comentários:
Legal, a posição do Acrísio. Assim ele se redime do piquete do qual participou em frente ao jornal num dia desses...
Caro Eliomar,
Tentei passar a você uma informação sobre esse assunto, logo no dia dessa decisão inconstitucional contra o jornal O POVO. É que, em Boa Viagem, o juiz de direito Pedro Pia de Freitas também concedeu uma tutela antecipada proibindo a Rádio Liberdade de fazer comentário com relação ao prefeito Fernando Assefdo Município. A coincidência é que, em reclamação trabalhista contra o juiz, o mesmo advogado do prefeito é o patrono do magistrado. Daqui a pouco teremos juízes entendendo que somente com sua chancela poder-se-á falar alguma coisa...
Até que enfim,um político cearense levanta a voz contra mais uma aberração de um representante da Justiça.
um dia é da caça, outro do caçador. jornal opovo agora é censurado, mas tbm censura os jornalistas para que eles não façam greve, ameaçando-os de demissão. eliomar, por favor, publique meu comentário da mesma forma que vc publicou o comentário desse anônimo. direitos iguais, né? grato.
jorge helder.
Acho que falta a imprensa, em geral, um pouco de tranqüilidade e menos estardalhaço ao tratar de divulgação de informações em investigação e do eventual sigilo das mesmas.
Os jornais não tem a liberdade de publicar tudo que querem e isso é democracia, ao mesmo tempo que também é democracia ter ciência sobre processos em transcurso no fórum.
Ora quantas vezes a imprensa não resiste a pressões da sociedade alegando que não pode publicar algo devido ao processo "correr em sigilo".
é preciso também que se faça uma distinção entre a censura ditatorial imposta pelos generais ao que ocorre pelas mãos da justiça, reside na possibilidade de recorrer a diferença entre os dois momentos históricos. Porisso ao apelar à essa triste mémoria da sociedade brasileira a imprensa corre o risco de ser ironizada, haja visto que o risco de pagar R$10,000 em nada se compara ao risco de vida que outrora se pagou.
Em tempo: É rocambolesco demais que a única informação que Opovo disponha tenha sido reveleda pelo próprio despacho da justiça.
Gostei da postura do vereador. Ele cumpre com sua linha de conduta na Câmara. É preciso reagirmos contra qualquer tipo de censura, num mundo cada vez mais antenado em todos os sentidos,não dá para esse tipo de prática absurda.
O Sindicato dos Jornalistas divulgou nota contra a censura prévia ao Grupo O Povo:
http://www.sindjorce.org.br/oktiva.net/1199/?idWebSite=1199&acao=mostrarMateria&pagOrigem=pagCapa&idNota=154434&idSecao=2218
Por que os jornalista náo entrevistam o Procurador da República e o Delegado responsável pelo caso, ao vivo, numa TV regional?
Engraçado é que este mesmo jornal passou o segundo semestre passado inteiro sem publicar nada sobre as atrapalhadas da Luizianne na frente da Prefeitura e ninguém nunca reclamou!!
Enquanto diretor do Sindicato dos Jornalistas e ex-funcionário do jornal O Povo, solidarizo-me com a instituição que se vê vítima da censura por um juiz que, certamente, emite uma decisão anti-democrática e que nos faz lembrar dos anos de chumbo.
E aproveito para lembrar que o jornal também toma decisões nada democráticas ao impedir o acesso dos dirigentes sindicais às instalações da empresa, fato que tem ocorrido com frequencia cada vez maior. Liberdade sempre, desde que PARA TODOS mesmo(com perdão do trocadilho infame)
Postar um comentário