sexta-feira, 27 de março de 2009

LULA: ÉPOCA DE CRISE NÃO É PAA TRABALHADOR PEDIR REAJUSTE SALARIAL

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 27, que época de crise não é momento para que o trabalhador peça aumento salarial aos empresários. Na avaliação dele, quando uma empresa não consegue vender seu produto, há impacto direto na produção. Sem produção, continuou, não há como "segurar" o emprego dos trabalhadores. Citando sua experiência como sindicalista, ele recomendou que os trabalhadores contribuam para que as empresas possam recuperar as vendas, em vez de apresentar uma pauta de reivindicações que inclua aumento salarial. "Não existe possibilidade na história do mundo de os trabalhadores se beneficiarem em épocas de crise. Não existe. Época de crise é época em que todos perdem", reiterou. "Como eu fui sindicalista, sei que quando há uma crise econômica e a empresa não está vendendo seu produto, não há como a gente brigar para segurar o trabalhador se não há produção. Portanto, nós, hoje, mais do que fazer uma pauta de reivindicações pedindo mais aumento, temos que contribuir para que a empresa venda mais, porque quanto mais ela vender, mais vai contratar trabalhadores e mais a gente vai poder reivindicar aumento", afirmou, em discurso durante visita na 17ª Feicom, que acontece no Anhembi, em São Paulo. O presidente voltou a dizer que não lançará nenhum pacote econômico para evitar a criação de "esqueletos", que os governos têm que pagar 20 anos depois. Nesse sentido, ele afirmou que o programa habitacional "Minha Casa Minha Vida" é importante para combater a crise e resolver o problema habitacional do país. Lula disse ter ficado frustrado quando os empresários consultados pelo governo disseram ter condições de construir 200 mil casas populares. "É muito pouco. Isso, a caixa já está fazendo", disse. Ao elevar a meta do programa para 1 milhão de casas, o presidente disse que houve gente que "tremeu" em razão de se tratar de um desafio muito grande. "Agora nós temos que trabalhar muito porque, a partir de 13 de abril, a Caixa (Econômica Federal) tem que estar totalmente preparada, armada até os dentes, para quando o empresário chegar com um projeto não levar oito meses para obter uma resposta", acrescentou. "Queremos mudar o paradigma da habitação no País".

(Agência Estado)

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