quarta-feira, 6 de maio de 2009

JUSTIÇA DOS EUA APROVA PLANO DE SALVAÇÃO DA MONTADORA CHRYSLER

"A Justiça dos Estados Unidos aprovou na noite de terça-feira (5) o procedimento acelerado proposto pelo governo americano para auxiliar a montadora Chrysler, fixando para 27 de maio a decisão definitiva sobre a associação com a Fiat, que deve permitir a sobrevivência da empresa.
Ao fim de uma audiência que durou oito horas, o juiz federal para concordatas Arthur González rejeitou os argumentos de um grupo de credores da Chrysler, que consideravam ilegal o plano de reestruturação. O governo propôs que os envolvidos se apresentem até 20 de maio e que a Justiça tome uma decisão definitiva uma semana depois. O governo pretende salvar a Chrysler até junho e criar uma "nova Chrysler" liberada das dívidas mais importantes, provavelmente associada à italiana Fiat. A ofensiva dos credores contra os planos do governo para a Chrysler ocorreu depois do fracasso da renegociação da dívida da montadora ocorrido com esses mesmos grupos.
Para se reestruturar, a Chrysler anunciou acordo com a italiana Fiat, além de pedir proteção sob o "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). O pedido da empresa vem pouco depois do presidente americano, Barack Obama, ter afirmado que apoiava a decisão da Chrysler tanto pela concordata como pela parceria com a Fiat. Com a parceria, a Fiat ficará inicialmente com 20% de participação na Chrysler --parcela que pode chegar a 35% se certas metas forem atingidas pela empresa. A Fiat informou que poderá ainda assumir outros 16% até 2016 se os empréstimos feitos pelo governo à Chrysler forem todos pagos, chegando assim a uma participação de 51% --a parcela da Fiat na Chrysler não poderá exceder 49% até que todo o débito da montadora americana com o governo seja quitado. A Chrysler tentou até o último momento chegar a um acordo com alguns dos bancos e fundos de investimento que formam o consórcio de credores da empresa, aos quais deve US$ 6,9 bilhões, mas não teve sucesso.

(AFP)

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