"Os membros da Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovaram na noite desta quarta-feira (10) um pacote de socorro de cerca de US$ 14 bilhões para duas das maiores montadoras norte-americanas de veículos: General Motors e Chrysler. A medida busca manter as companhias em funcionamento, longe da falência, até março de 2009. A Ford, que vem afirmando estar em condições operacionais e de caixa mais favoráveis que as rivais, ficou fora do pacote, pelo menos por ora.O texto foi acertado ao longo do dia entre negociadores da maioria democrata no Congresso, favorável ao plano, e a Casa Branca, que resistia ao socorro financeiro -- posição mantida pela maioria dos parlamentares republicanos. Acabou aprovado por 237 votos, contra 170. Somente 32 republicanos votaram pela ajuda.O projeto prevê a liberação, de forma imediata, de até US$ 14 bilhões em empréstimos para GM e Chrysler, tendo como contrapartida uma série de medidas que cada uma terá de tomar para sanear suas finanças -- entre outras coisas, cortar os elevados salários de seus executivos, bem como os "agrados" multimilionários concedidos a eles em caso de demissão. Dias antes da votação, a GM dos EUA chegou a divulgar um mea culpa em forma de anúncio na mídia especializada, admitindo ter feito carros de qualidade inferior e propondo-se a alterar sua relação com os consumidores dos EUA -- dos bolsos dos quais, em última análise, sairá o dinheiro da ajuda. O bom comportamento financeiro das companhias recebedoras do dinheiro deverá ser fiscalizado por um "todo-poderoso" designado pelo governo. Ele terá autonomia para retirar a ajuda e mesmo para decretar a falência das empresas. Outra medida que se assemelha a uma "estatização branca" de GM e Chrysler é o direito de o governo comprar, a um preço pré-estabelecido, ações das empresas em até 20% do valor do socorro."
(Folha Online)
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
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