"Estudantes e professores da Escola de Ensino Fundamental Catarina Lima da Silva, no Parque Santo Amaro, área do Bom Jardim, estão assustados. Na manhã de ontem, adolescente de 17 anos foi apreendido acusado de na noite anterior, assaltar com um amigo, uma professora da escola onde estuda. O mesmo aluno, segundo a direção, já teria praticado outros quatro assaltos no colégio. As vítimas foram três professores e uma aluna. Os assaltos teriam sido registrados entre os meses de novembro e dezembro de 2008 e janeiro deste ano. A vice-diretora da escola, Iara Mota, disse ao O POVO que o aluno cursa o 6º ano do ensino fundamental e que o colégio já tinha conhecimento de que ele seria problemático. “Fizemos um acompanhamento direcionado, onde ele era monitorado e incentivado a participar de cursos e atividades esportivas. Além disso, chamamos os pais para acompanhar as atividades dele dentro da escola, mas não tivemos resultados satisfatórios”, disse. Na delegacia do 32º DP (Bom Jardim), para onde o adolescente foi encaminhado após a apreensão, os pais disseram não saber mais o que fazer com o filho para ele deixar de assaltar. “Ele não fuma, não bebe e nem usa drogas. Infelizmente, as más companhias têm levado ele a fazer esse tipo de coisa”, afirmou a mãe. O adolescente é o filho mais velho de um servente de obras e uma lavadeira. O casal tem ainda outras três filhas menores. O assalto foi presenciado por alunos antes do início das aulas na noite de quarta-feira, 28. A professora Veima Lúcia Vieira, que trabalha há 10 anos na escola, foi surpreendida quando chegava para lecionar. “Foi horrível, tive a arma apontada para a cabeça na frente de todos. Tive a bolsa roubada. Levaram o aparelho celular, meus óculos e minha carteira”, contou."
(Jornal O POVO)
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
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6 comentários:
Esse caso chegou à imprensa. Imaginemos os muitos que ocorrem há muito tempo e ficam na surdina? Essa situação mostra que nossa juventude está sem pespectiva e que as autoridades não percebem isso. Mas há uma culpa generalizada nesse contexto. Todos nós temos nossa cota de culpa. O que estarão fazendo nossos flhos agora/ Com quem estão andando? O que dizem na Internet? São questionamentos que precisam entrar na ordem do dia das famílias.
São casos que se avolumam, mas não é bom esquecer que a maioria dos alunos é formada por gente de bem.É bom não estereotipar.
João Teles
Eliomar, você queria o que mais da prefeitura de grtande cidade que tem a menor aplicação per capita na educação?
Eliomar,
A que pontos chegamos!!! Tudo isso graças ao paternalismo que beira à conivência de nossas autoridades para com o delinquente juvenil.
Levam de forma única, sem nenhum critério lógico, a interpretação do ECA, e são permissivos quanto aos delitos cometidos por "adolescentes" de 17 anos, onze meses e vinte e nove dias. A eles é permitido matar e ter penas máximas de 3 anos, sair com a ficha policial ZERADA, e ser acobertado por uma carrada de políticos e ONGs, algumas honestas mas muitas equivocadas quanto à forma como lidar com os problemas causados por delinquentes juvenis.
Aos delinquentes é convidativo depredar a escola, espancar professores, assaltar e estuprar, pois sabem que a pena é branda, e eles sempre terminam virando as vítimas da sociedade...
De minha parte, não sinto culpa. Meus pais souberam me dar limites e é isso que pretendo passar aos meus filhos. Fico injuriada de ver a incoerência do Estado que considera um jovem de 16 anos apto o suficiente para tomar a importante decisão de definir o destino do país, votando pra presidente, mas o considera inapto para responder por um assassinato cometido friamente. É um absurdo isso, uma incongruência.
Se a família falha em impor limites e educar devidamente o jovem para respeitar as leis da sociedade, que o Estado assuma esse papel e tente disciplinar os delinquentes sem violência mas com rigidez, evitando que a impunidade sirva de incentivo para eles continuarem no crime.
Não aceito dividir a responsabilidade desse fracasso. Pagamos altos impostos ao governo para termos um mínimo de segurança, que depende também da boa condução de outros segmentos como educação e infra-estrutura. Se o governo faz mau uso do dinheiro que somos obrigados a recolher, é injusto querer dividir a culpa conosco. Afinal, somos SIM as maiores vítimas disso tudo, pois vivemos com medo da violência e sem esperança de que a coisa vá ter jeito. O Estado sempre perverte a situação, querendo transformar os delinquentes em vítimas e nós em culpados.
Sei que a menoridade penal não vai acabar de vez com a violência. Mas esperar que se aceite pena máxima de três anos de detenção para crimes hediondos, e que o criminoso ainda saia com a ficha limpa igual à nossa... Tenha a santa paciência. Isso pra família da vítima (da verdadeira vítima) é um acinte e um desrespeito.
É osso!
Carol
Falar em violência, alguém sabe informar se o filho do deputado e apresentador do 190 (que explora a violência para se eleger)está preso?
Matou um e deixou ouro paralítico. Está preso onde? A imprensa bem que poderia dar detalhes sobre o paradeiro desse delinquente.
Melhor que discursos moralistas é as famílias cuidarem de seus membros e não jogarem as suas responsabilidades para os governantes.
FALTA DE PEIA. Li na imprensa que, em uma Escola do Sítio São João em Fortaleza, havia um aluno "problema", temido por todos. Os assaltos eram diários e várias professoras pediram transferência, entraram de licença, ou não mais compareciam ao trabalho. Até que o aluno "marginal" foi pego por um grupo de pais, que lhe aplicaram uma bela surra, na frente de vários alunos. Nunca mais se teve notícia de assalto na dita Escola.
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