sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

TRANSPLANTES - CEARÁ BATE RECORDE

"O Ceará bateu seu recorde de transplantes realizados em um ano. Até dezembro de 2007, 577 vidas foram salvas por meio da doação. Foram 18 transplantes a mais que em 2004, ano que até então detinha o maior número de cirurgias do tipo, 559. O Ceará aparece em primeiro lugar no Norte e Nordeste em transplantes de coração e rim. O transplante de córnea foi o que mais cresceu, de 318 para 366 graças à ação. O salto fez com que a Central de Transplantes do Estado comemorasse a boa performance antes mesmo do ano terminar. "Todo dia temos notificação de potenciais doadores", diz Rosângela Gaspar Cavalcante, assistente social da Central. O primeiro passo no processo da doação vem sendo incorporado à rotina de pelo menos 15 hospitais cearenses. Neles, a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes funciona. "Este ano, elas realmente começaram a trabalhar", diz o presidente da Associação Cearense dos Pacientes Hepáticos e Transplantados (Acephet), Wilter Ibiapina. O Ministério da Saúde obriga a existência da comissão em hospitais com mais de 80 leitos, mas a portaria ainda não é cumprida em todas as unidades com esse perfil. "Na entrevista com a família, o profissional tem que estar preparado psicologicamente para abordar, é preciso dar condições para ele fazer isso. Estamos nos reunindo com as comissões mensalmente", diz Rosângela. Para ela, a comoção provocada por Mateus Cariri de Aquino também fez a diferença. O menino de 4 anos teve um câncer que afeta os gânglios linfáticos e inflou em pelo menos 4 mil nomes a lista de possíveis doadores de medula óssea. "Sensibilizou muito para a doação em geral. Mexeu com a sociedade", afirma Rosângela. Coincidência ou não, agosto, auge da campanha em busca de um doador para Mateus, foi um dos meses em que mais se realizou transplantes no ano, 65. A Campanha Doe de Coração, da Fundação Edson Queiroz, ficou 30 dias no ar pelo quarto ano, na seqüência da tradicional campanha nacional de setembro."

Do Jornal O POVO, leia mais aqui

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