"Grandes centros urbanos administrados por aliados do governo Lula foram os que registraram os melhores índices de incremento dos recursos recebidos do Bolsa Família desde a criação do programa de distribuição direta de dinheiro ao cidadão, no final de 2003. É o que mostra levantamento feito pela Folha -com base nas transferências de verba do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social)- para os 25 maiores colégios eleitorais do país. PMDB, PSB, PC do B, PDT e PP, além, é claro, do PT, integram a coalização governista hoje em Brasília.
O levantamento mostra também que o programa, desde o ano passado, está concentrando suas forças nas grandes manchas urbanas de Sul e Sudeste. Entre as dez primeiras do ranking, apenas a cidade do Rio de Janeiro, no sexto posto, tem à frente um prefeito de oposição ao Planalto, o democrata Cesar Maia. A capital fluminense pulou de R$ 38,2 milhões em 2004 para R$ 90,4 milhões -136% de elevação. Em valores nominais, no entanto, o Rio continua atrás de Fortaleza e Salvador. São Paulo, do também democrata Gilberto Kassab e que tem o PSDB na administração, ocupa a 14ª posição -de R$ 93,2 milhões foi para R$ 157,5 milhões, um aumento de 69%.
Em valores nominais, a capital paulista, maior cidade da América do Sul, fica apenas uma posição acima de Fortaleza, administrada pelo PT, que recebeu no ano passado R$ 105,1 milhões -46% de incremento nos valores. No início do Bolsa Família, Fortaleza e outras cidades do Nordeste foram escolhidas como uma espécie de pilotos para a implantação do programa. Por conta disso, em 2004 a capital do Ceará recebeu R$ 71,9 milhões, atrás de São Paulo e Salvador em termos nominais. De lá para cá, no entanto, a cidade de Luizianne Lins (PT) superou Salvador, do recém-filiado ao PMDB João Henrique, aliado do governador Jaques Wagner (PT).A última posição do ranking é dividida entre Curitiba, do tucano Beto Richa, e Belo Horizonte, do petista Fernando Pimentel.
(Folha de São Paulo)
segunda-feira, 24 de março de 2008
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