quinta-feira, 9 de outubro de 2008

PROCURADOR DA REPÚBLICA QUER PARALISAÇÃO DA VENDA DE MARCA DE ÁGUA MINERAL

"O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) ajuizou ação civil pública solicitando a paralisação imediata da comercialização da água mineral Naturágua, até que seja realizada uma perícia judicial comprovando modificações em pontos irregulares, envolvendo o envase até a rotulagem do produto, identificados em relatórios do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).Com base nesse documento, o procurador da República Alessander Sales, autor da ação, identifica que a empresa responsável pela comercialização, Ypioca Águas Minerais Indústria e Comercio Ltda, infringiu o art. 31 do Código de Águas Minerais, além de incorreções na atividade comercial, conforme determina o Código de Águas Minerais (CAM). A fiscalização do DNPM observou as cabines de envase e constatou que tanto o piso como as paredes encontravam-se sujos, em condições sanitárias inadequadas. Os maquinários também estavam enferrujados, sem limpeza e manutenção. E objetos alheios ao trabalho de envase como vassouras, avental, caixa de papelão dividiam o mesmo espaço na cabine.
Os fiscais presenciaram o envolvimento de um funcionário com um ferimento no braço no processo de envase da água mineral, passando despercebido do controle de qualidade da empresa.Segundo documento do DNPM, a água mineral citada está sendo comercializada em total desacordo com a legislação reguladora. A empresa mantém a identificação de uma única fonte no rótulo do produto, sendo incompatível com a realidade, por ser o envase da Naturágua resultado de uma mistura de águas com o uso de vários poços. A ação também alega a existência de mistura não autorizada tanto para o envase como para a distribuição de água mineral em veículos com tanque de inox (granel), situação esta que foge à normatização vigente, porque este novo modo de envase deveria ter isso submetido a prévia autorização do Ministério de Minas e Energia através da descrição de um Plano de Aproveitamento Econômico.
Outro pedido do MPF é para a retirada da expressão “Naturágua: ainda está para nascer água mais pura” do rótulo utilizado pela empresa para a comercialização de seus produtos, devendo ainda a empresa ser obrigada a elaborar novo rótulo que somente poderá ser utilizado em seus garrafões para fins de venda ao consumidor final, após prévia aprovação do DNPM. Segundo ação, todas estas medidas são necessárias para a eficaz proteção da saúde dos consumidores, conforme estabelece o art 6º do Código de Proteção e Defesa do Consumidor."

(Assessoria de Comunicação Social/ Procuradoria da República no Ceará)

3 comentários:

Marcos_Ce disse...

Caramba! Essa é a única marca que eu compro e ela até custa mais que algumas outras. Que água comprar?

Anônimo disse...

Isto não procede. Mais parece uma briga por mercado, já que a Naturágua está incomodando e muito a velha e conhecida concorrente. O poder é devastador e se está diante de um mercado bilionário.

Anônimo disse...

Desespero e inveja da concorrência. A marca é campeã em preferência e em qualidade de serviços e possui na retaguarda um grupo que está há 162 anos no mercado !!!!

Consumidor