segunda-feira, 6 de outubro de 2008

LUIZIANNE DIZ QUE VITÓRIA NÃO É PRODUTO DE MARKETEIRO E DE JOÃO ALFREDO ESPERA OPOSIÇÃO SECTÁRIA


Após conquistar a reeleição em primeiro turno, a prefeita petista Luizianne Lins (39) abriu espaço em sua apertada agenda de comemorações e, claro, projeções de nova gestão, para conversar com este Blog. Em entrevista ao nosso colaborar mais do que especial, jornalista Demitri Túlio, Luizianne abre o verbo. Conta, por exemplo, que, vez em quando sente falta da liberdade pessoal. Não esconde situações difíceis à frente da administração que a levaram, vez por outra, a momentos de depressão. Ela, no entanto, projeta um segundo período de "consolidação administrativa". Sobre João Alfredo, ex-aliado e o vereador mais votado em Fortaleza, não poupa: espera uma oposição sectária. Luizianne anuncia também reestruturação das Regionais. Além disso, o novo perfil dos titulares das Regionais deverá ser "menos político e mais técnico". Na gestão que está terminando, alguns "se investiram mais de poder do que a própria prefeita."
Consolidada como liderança na capital cearense, Luizianne Lins afirma que ganhou a eleição no primeiro turno por méritos de quem demonstrou compromisso com a cidade. Não há, segundo a petista, projeto individual de poder, beneficiamento de grupo político ou mágica de marqueteiro.

BLOG - Um "prefeitinho" às vezes tem mais poder que a prefeita. As secretarias regionais vão passar por reformulação?

Luizianne Lins - Olhe, visitei em 2006 uma experiência em Rosário na Argentina. Lá, eles estão há 16 anos descentralizando as "regionais". De lá troxemos a experiência da praça de atendimento inteligente. Já estamos experimentando na Regional VI. Na hora que a pessoa chega e diz o que quer, a demanda dele entra em um sistema e uma senha eletrônica o direciona para a fila que tem menos gente para ser atendida. É para resolver seus problemas de maneira menos demorada. Estamos utilizando verbas do Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Financeira. É um programa de modernização da gestão de uma forma geral. A idéia também é criar outras duas regionais para dividir o trabalho da VI, que é maior territorialmente, e a V. As regionais serão mais fortalecidas no sentido da execução. Planeja-se em uma secretaria temática, no governo e se executa na regional. Para isso, retomaremos o Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor). Na secretaria regional se terá menos margem de se fazer políticas individuais.

BLOG - Isso aconteceu na primeira gestão?

Luizianne Lins - A gente observou que há uma tendência disso acontecer. Eu costumo dizer que uma regional é a segunda maior cidade do Ceará depois de Fortaleza, porque no mínimo você tem 350 mil pessoas. Se não cuidar, ele vira um "prefeito" e você terá seis cidades segregadas.

BLOG - Na eleição passada a senhora tinha outros aliados, nessa vive outra realidade. Que filme passa na cabeça?

Luizianne Lins - Na verdade, nós perdemos pouca gente. Havia três figuras públicas que nos apoiavam mais diretamente, afora uma militância que está toda na campanha. Era o João Alfredo (hoje PSol), o Pinheiro (Francisco Pinheiro, hoje vice-governador) e o Sérgio Novais. O João Alfredo e o Renato Roseno foi uma separação política muito doída, mas a gente está muito feliz porque somos os mesmos com as mesmas pessoas que estão em volta e enfrentando o desafio de ser governo.

BLOG - A senhora chamaria os dois para um trabalho na Prefeitura?

Luizianne Lins - Eu tenho achado as posições deles muito sectárias, muito esquerdista e não de esquerda. Esquerdista como dizia o camarada Lênin: "esquerdismo é doença infantil do comunismo". Os quadros políticos do PSol não vêem nada de bom no governo Lula! Como não? Não há mediação nenhuma na crítica. Como achei também um absurdo, acusarem a Prefeitura de ser estar pressionando servidor para apoiar a reeleição. Nunca, nunca, a Prefeitura foi tão isenta no processo eleitoral. Constituímos uma ouvidoria eleitoral, fizemos uma cartilha de orientação e distribuímos com todos os servidores: comissionados e não comissionados.

BLOG - Como a senhora imagina a oposição que João Alfredo fará na Câmara Municipal?

Luizianne Lins - Acredito que a postura dele tem sido muito intolerante ao grupo que ficou.

BLOG - Sua vida mudou totalmente, principalmente agora. A senhora não tem mais tanta liberdade como antes. A senhora tem alguma saudade de outros tempos?

Luizianne Lins - Eu sempre fui uma pessoa do mundo, sempre ganhei o mundo e transitei em todo canto. O maior sacrifício pra mim é essa ausência de poder estar em qualquer lugar, a qualquer hora da forma que eu quiser estar. Sinto falta. Já aconteceu caso como num dia em que sai andando no aeroporto velho (Pinto Martins), sozinha, e as pessoas começaram a olhar para mim. Me senti estranha e comecei a olhar a roupa para ver se tinha algo sujo ou errado. Comecei a ficar preocupada. Quando alguém gritou "olha a Luizianne", caiu a ficha. Eu tinha esquecido que era prefeita! Eu sinto falta dessa liberdade.

BLOG - Tiveram momentos em que a senhora pensou em desistir da reeleição?

Luizianne Lins - Eu passei alguns dias muito mal. Era o sentimento de saber se eu queria como pessoa, como ser humano, se deveria renovar esse compromisso com o povo. Eu levo muito a sério isso, não é brincadeira ou ganância barata por poder. Eu vejo como missão como a minha vida pública toda. Sinto saudades da universidade (UFC), quero voltar a estudar. Me organizei mentalmente para terminar o primeiro mandato e ir terminar meu mestrado em Filosofia Contemporânea, depois ir fazer meu doutorado fora do Brasil. Passar uns dois anos fora do Brasil. Veio essa missão e de qualquer maneira a gente acabou não construindo alternativa para continuar o projeto. Era muito coisa para fazer e priorizar. Era a cidade quebrada financeiramente. Havia o dilema de você ter feito tudo e entregar de mão beijada. Saneamos as contas, pagamos 95% das dívidas de curto prazo. Se há uma coisa que fiz, foi correr atrás de dinheiro para assegurar recursos. Hoje tenho 60 milhões para fazer os Cucas com o dinheiro do BID; tenho já aprovado o Transfor; 40 milhões para o Hospital da Mulher; 5 milhões para o calçadão da Praia de Iracema e 22 milhões que sairá depois da eleição para urbanizar o resto da Praia de Iracema. Os nós grandes da cidade estamos enfrentando como é o caso da Vila do Mar, a Rosalina onde construímos 1802 casas - maior que Nova Jaguaribara.

BLOG - O governador Cid Gomes (PSB) deverá ser candidato à reeleição em 2010. Ele é seu candidato?

Luizianne Lins - Se for candidato à reeleição, ele é meu candidato. Acredito que não vá ter grandes alterações. A única coisa que poderia acontecer, é uma hipótese que eu não acredito, de o PSDB querer se coligar com a esquerda. Nós não iremos se coligar com o PSDB em nenhuma hipótese. Ainda mais porque além de tudo - do ponto de vista político -, o PSDB é muito ruim.

BLOG - As declarações do deputado federal Ciro Gomes (PSB) elogiando seu carisma é um aceno?

Luizianne Lins - Eu tenho dito em relação a ele que não me interessa o que ele pensa ou diz. Não dou a menor notícia. Ainda mais, além de me atacar, diz que ganhei por causa do Duda Mendonça. É uma falta de respeito. Achei leviano o tom desrespeitoso que ele utilizou contra mim e o governo. Foi mal educado ao me chamar de "coronel de saia", "stalinista", "Fortaleza puteiro a céu aberto", que Duda Mendonça elegeria até um "tolete de cocô". Definitivamente, ele não é referencial para mim.

BLOG - A senhora se deprimiu nessa campanha?

Luizianne Lins - Eu passei 20 dias deprimida. Era uma angústia pessoal, não era política. Fiquei muito angustiada sem saber se queria ou não queria retomar esse compromisso com o povo. Faço política com a alma, é muita responsabilidade. Comecei tudo muito cedo e nunca tive padrinho político. Fui eleita vereadora com 26 anos, fui eleita prefeita com 36, hoje tenho 39 anos. Fui a mais votada do PT com 26 anos, passei 10 anos no parlamento e quatro anos de governo. Não deixa de ser sacrifício muito grande para quem não é corrupto e não vê o governo como um negócio. Para você ter uma idéia, não tirei um dia de férias e até nas viagens havia compromissos políticos. Eu não desligo, eu sou assim.

BLOG - No começo da campanha, a imprensa e os analistas políticos diziam que a senhora não seria eleita. A senhora fazia que leitura?

Luizianne Lins - Eu sempre estive tranqüila, da mesma maneira que em 2004. O mesmo sentimento que eu ia ganhar a eleição. Comecei com 30% das intenções de votos segundo o Datafolha. Era um empate com o Moroni, que vive numa eterna expectativa e eu que estou no olho do furacão! A oposição apostava no fracasso e que o ciclo deles voltaria. O desastre não se consolidou porque demonstramos pulso e determinação. De 2004 pra cá eu era a única mulher prefeita de capital do Brasil e a mais nova. Não é uma situação confortável, tem uma série de preconceitos. Era um desafio que conseguimos vencer. Olha, o Duda Mendonça não venceu a eleição. A "Duda Mendonça" fez a campanha. O Duda foi consultor. Quem fez a campanha foi o mesmo pessoal que fez a campanha de 2004. O Joe Pimentel, a Isabela, o pessoal de rádio da campanha passada. A todo momento teve uma interação, o slogan inicial foi mudado a pedido nosso, o fundo do material de propaganda, o posicionamento estratégico no primeiro momento. Ele achava que tinha de rebater críticas e seguramos porque eu disse que não ia polarizar com ninguém. Não ia responder besteira.

BLOG - De quem foi a decisão que você iria para os debates?

Luizianne Lins - Minha. Eu disse que não ia faltar a nenhum debate porque nunca tive medo de debate. Decidi por respeito ao povo e disseram que eu queria me fazer de vítima.

BLOG - Qual vai ser o papel do Tin Gomes como vice?

Luizianne Lins - O papel dele político a gente vai discutir posteriormente. A idéia é que ele cumpra um papel de auxiliar à prefeita e colabore com a cidade. Está sempre à disposição da cidade, sem ficar tencionando internamente o governo. Quanto mais discreto e colaborador ele for, melhor. Não é a toa que quando nos foi oferecido a vice-governadoria escolhemos o Pinheiro (Francisco). Nós pensamos em um quadro de alta qualidade política e intelectual. O Cid Gomes já me disse que eu dei pra ele o vice que pediu a Deus. Ele só colabora.

BLOG - Que música você quer ouvir amanhã (hoje)?

Luizianne Lins - Aquela do Chico Buarque: "Apesar de você amanhã há de ser outro dia/ Eu pergunto a você onde vai se esconder/Da enorme euforia? Como vai proibir/ quando o galo insistir em cantar?/Água nova brotando...".


(Foto - Edimar Soares)

11 comentários:

Alexandre Costa disse...

Interessante a preocupação da Luizianne com a oposição que irá tensioná-la pela esquerda. Contando com uma CMF dócil (ou pouco qualificada), a vida era fácil. Mostra que o espírito da "Lôra" não é o de retomar bandeiras que levantou em seus mandatos parlamentares nem o de corrigir a trilha pela direita que resolveu seguir, se propondo a dialogar à esquerda. Prefere a companhia de Walter Cavancante, Dra. Magaly, Paulo Gomes e Carlos Mesquita. Neste caso, fica minha sugestão de outra trilha sonora:

"Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala / Você era a favorita onde eu era mestre-sala /
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua / Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua / Hoje o samba saiu procurando você / Quem te viu, quem te vê /
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer / Quem jamais esquece não pode reconhecer"

Alexandre Costa disse...

Na realidade, a injustiça e infelicidade maior na declaração da Prefeita nem foi para com o PSOL, pois excessos entre grupamentos políticos adversários sempre há e temos de saber dar os devidos descontos.

O problema é que houve muitos eleitores que digitaram os números dos dois - dela e do João - no dia de ontem. Foram elas que Luizianne não tratou com o devido respeito.

Eu particularmente não nutro ilusões quando às possibilidades de Luizianne avançar rumo a um projeto mais à esquerda, livrando-se (ou pelo menos se tornando menos dependente) das incômodas alianças à direita e se desvencilhando dos compromissos com os grupos econômicos, mas há muita gente que apostou nessa perspectiva! Essas pessoas sabem o quanto seria importante a pressão pela esquerda, de João Alfredo e dos movimentos sociais, para (em sua avaliação) conduzir a Prefeita e sua gestão por essa outra rota.

Mais calma e menos sectarismo de direita, "Lôra"!

Anônimo disse...

Linda entrevista, Eliomar. Ela falou com o sentimento à flor da pele. Quanto ao que disse sobre o comportamento do Ciro em relação a ela, ela tem toda a razão. Não dá para esquecer mesmo. Nunca esqueci o que ele disse sobre Brizola. Disse que Brizola era o Escadinha da política brasileira. Isso me doeu tanto que me dói até hoje. Pedro Albuquerque.

luizinho disse...

Dra. Luiziane estar certa, tem que colocar nas regionais gente competente e seria, evitar colocar presidente de partido fajuta que so pensa em se locompletar da coisa publica e nem voto tem. Tenho respeito pelo seu trabalho

Anônimo disse...

O Acrisio Sena já sabia!!!

Ismael Luiz disse...

MUITO BOA A ENTREVISTA DA PREFEITA REELEITA,PARECE TER FALADO COM O CORAÇÃO.MAS,INEVITAVELMENTE,APÓS UMA ELEIÇÃO PARA PREFEITO,É SABER POR QUANTO TEMPO IRÁ DURAR A LUA-DE-MEL DA PREFEITA COM O VICE-PREFEITO. COM INTERESSES POLÍTICOS,PESSOAIS E FINANCEIROS DIFERENTES,COMPROMISSOS COM LOCADORES,EMPREITEIROS E FORNECEDORES,TEM QUE TAL ALIANÇA NÃO VÁ DURAR MUITO NÃO.O QUE SERÁ LAMENTÁVEL.

Anônimo disse...

Boa, a entrevista da Luizianne?? Na realidade, parece que ela está com dificuldade de adaptação à realidade. Faz acordos de toda sorte, abandona todo projeto político de transformação social, pisa encima da história da dela, e vem dizer que "somos os mesmos". Os mesmos nomes, sim, mas "outros" valores. A mesma distância que separa "sério" de "sectário".

Anônimo disse...

O PSOL é cada dia mais parecido com o PSTU, a maior diferença é que a maioria de seus militantes são da pequena burguesia (vejam a faixa de seus votantes nas pesquisas), enquanto os do PSTU provém realmente do proletariado. Há alguma diferença programática, mas isto vem se conciliando cada vez mais.

O primeiro e principal inimigo de ambos, na prática política cotidiana, não é o capitalismo, é o Partido dos Trabalhadores, contra quem querem disputar a hegemonia junto aos movimentos populares.

PSOL e PSTU sofrem do mesmo complexo de Édipo, vontade de matar o pai, o PT, isto é evidente nos discursos e documentos destes partidos: dedicam mais tempo para atacar o PT do que os grandes capitalismo, sempre repetindo que estes são a mesma coisa. Para ambos, o PT foi conquistado pela burguesia, traiu e cega a classe trabalhadora, portanto deve sucumbir o quanto antes para que se construa a revolução socialista.

O sectarismo atribuído a estes partidos se deve ao fato de, a priori, não reconhecerem publicamente como positivo qualquer ato de governo promovido por administrações petistas. No segundo turno presidencial, avaliaram que Lula e Alckmin representavam a mesma coisa(?), a dona do sol até recomendou que se retirassem do partido aqueles que votassem no Lula. Formam uma oposição que jamais tecerá qualquer elogio ao PT que não venha acompanhado de crítica desqualificadora.

Em Fortaleza, a situação é a mesma. As novas políticas municipais para mulheres, LGBTT, juventude, pessoas com deficiência, criança e adolescente, economia solidária, cultura e software livres etc. não receberam qualquer mínimo reconhecimento de melhoria por Renato Roseno, que só foi capaz de dizer que "qualquer" um faria um governo melhor que Juraci.

Vamos ver como será na prática a atuação de João Alfredo, se não cumprirá um papel que a alta burguesia adoraria que ele fizesse, de oposição por oposição, de aliança informal com os opositores conservadores, de "Cirão e Cirinho botando pra quebrar"... (http://br.youtube.com/watch?v=S8bsjqgQCjw)

José Sales disse...

Se os feudos das Regionais forem realmente desmontados, isto será um bom começo. Não dá mais para existir uma Regional como a SER I que se diz um enclave do PCdoB e administra aquele setor da cidade, um dos mais problemáticos, devido a concentração populacional e suas demnadas, unicamente no sentido do aparelhar a maquina em benefício próprio. Pela retomada do Projeto Costa Oeste ou Vila do Mar, como é nova notação do mesmo. O Grande Pirambu e a população desta imensa feição da orla marítima municipal não podem mais ficar esperando uma ação desta amplitude, de proteção e preservação do meio ambiente, dotação de saneamento, requalificação urbana e ampliação do espaço público só por conta da ausencia de uma visão de futuro urbano dos "dirigentes partidários" que se "adonaram"da Regional I.

Anônimo disse...

A capacidade de distorção de fatos resulta às vezes de má fé, mas às vezes também de dificuldade de compreensão desses fatos. O "Cirão e o Cirinho botando prá quebrar" só pode ser entendido por qualquer pessoa 'de bem' como muita zombaria, que foi o que mereceu a participação do Dep. Ciro Gomes nessa campanha. Quanto ao Lula, é verdade, ele "distribuiu" uma pequena parcela da riqueza brasileira como os pobres, algo que nenhum presidente tinha feito ate então, e é por isso a idolatria da população simples, tão carente de tudo, em relação a ele. Mas o Presidente Lula dedicou também a maior e a mais substancial fatia dessa riqueza para os ricos, exatamente como o Alckimin, e é porisso que os setores abastados - os 'burgueses'? -também o apóiam de forma igualmente veemente. Assim, a gente percebe que nesse Brasil cabe de tudo mesmo, todo tipo de distorção parece possível. Pois quem não se lembra do 'slogan' popular do Maluf, 'rouba mais faz"? Quanto ao Renato, ele (e o Carlinhos) foram os únicos candidatos que comparecerem e assinaram um termo de compromisso com a plataforma política elaborada pelo movimento organizado de pessoas com deficiência física. Onde andava o PT e a Luizianne nessa hora? Ah, sim, com o PMDB, o PSB, o PCdoB e toda a reca de outros partidos que aceitam as regras de mercado para o mundo político e social!

ps: o eleitor do Renato não é o mais abastado (esse é o eleitor da Luizianne das empreiteiras, das fábricas, e por aí vai), é apenas o MAIS EDUCADO. Isto é, com maior nível de escolarização. Parece que isso faz diferença, sim.

Anônimo disse...

Muito boa a entrevista e que sirva de análise em tempos futuro. As regionais precisa desde de ontem desempenhar a sua finalidade, o aval foi aprovado nas urnas, administre com pessoas competentes. o exemplo citado quando caminhava no aeroporto, é uma prova que precisa caminhar na
mesma direção do Povo, ande mais nas ruas, faça diferente.