O candidato derrotado à Prefeitura de Fortaleza pelo PSol, Renato Roseno, rebateu, nesta segunda-feira, crítica feita pela prefeita reeleita Luiizianne Lins. Em longa entrevista especial concedida ao jornalista Demitri Túlio e veiculada neste Blog, Luizianne chegou a qualificar o PSol do vereador eleito João Alfredo de "sectário".
Roseno reagiu: "Essa crítica é infundada, pois foi ela quem mudou. Ha quatro anos, ela foi eleita por ato de generosidade e rebeldia dessa cidade e hoje foi reeleita por um condomínio de partidos que representam os intesses da burguesa, que são tradicionais e usam o poder econômico", reagiu Roseno. Segundo acrescentou, essa avaliação da prefeita reeleita vai até de encontro à realidade dos fatos.
"Qualquer pessoa melhor informada vai entender que defendemos o mesmo projeto que defendemos há muito tempo: um projeto socialista, de justiça social e que quer que a maioria possa ter voz e vez na política. Esse é nosso projoeto, com pesoas orgnaizadas definindo sua vida em coletividade", explicou Roseno, aproveitando para informar que, embora tenha convite para fazer doutorado na área do Direito na Alemanha, continuará militando politicamente em Fortaleza.
12 comentários:
Apoiado Roseno, ela esqueceu rapidinho tudo que aprendeu de movimentos populares e passou a rezar na cartilha da burguesia...
Muito bem, Renato!. A Luizianne foi eleita há quatro anos atrás fazendo campanha CONTRA o Lula (e ainda nem tinha tido o mensalão!) e só chegou lá, pela posição firme do João Alfredo, então filiado ao PT. Mas em pouco tempo de governo, mudou toda a sua rota política e assumiu a mesma prática dos políticos do poder econômico. E agora vem dizer que quem continua com os mesmos projetos que a levaram ao cargo são 'sectários'? Na verdade, parece que ela ainda não entendeu (ou quer fazer de conta que não entendeu) a eleição do João Alfredo. Se ele fosse sectário, não teria sido O MAIS votado!! A população resolveu colocá-lo no front político de Fortaleza porque sabe,por experiências passadas (como o o Tasso),o mal social da hegemonia e da prepotência. Se ela pensa que vai 'rebaixar' o Psol e o João Alfredo, ela está bem enganada. A cidade está de olho!
Hmmm..... se fazer oposição é ser sectário, a prefeita está perdida: os dados da eleição indicam que são 49,85% de sectários em Fortaleza!
Postura autoritária a dessa prefeita, associada ao pensamento do único para o favorecimento dela. É muito ego! O desempenho do vereador mais votado (com prestação de contas) e do Roseno quer dizer alguma coisa. A votação mostra que existe descontentamentos à esquerda, não somente dos chorões de Patrícia e Moroni. Muita gente séria não aprova o reinado dela. É muito reducionismo falar que o Psol ou qualquer partido é "contra o presidente Lula". Vai ser assim toda vez que se fizer uma crítica à cidade? Lula não é Deus, tanto que não veio gravar depoimento pra Ela, rejeitada em 2004 pelo lulismo. Até quando vai esconder os problemas de planejamento e falar de Lula e Cid. A idolatria passa. Na entrevista ela mostra que não sabe conviver com isso. Muito ego pra quem fecha boate nas campanhas e ontem fechou o Mucuripe pra comemorar (quem paga a conta mesmo?). Vai entrar pra história como ex-esquerdista aliancista.
É claro que houve uso da máquina na campanha. Infelizmente a Justiça não possui estrutura pra pegar, como aconteceu em Recife. Devia ter vergonha de falar dos posicionamentos do Roseno. O candidato mais decente da campanha.
É importante termos memória política. Luizianne, em 2004, foi candidata à prefeitura por conta de um mísero voto em encontro do PT, em meio a um debate intenso dentro do próprio PT, que envolvia desde a política econômica (favorecimento aos banqueiros via juros altos, penalização dos trabalhadores com reforma previdenciária e outros) até o arco de alianças. E em meio a esse debate, a postura da Luizianne era tão crítica diante de Lula e da maioria do PT nacional, que este resolveu apoiar alguém mais afinado com sua política: Inácio Arruda. Vale lembrar que a "Lôra", que tanto critica hoje o Ciro Gomes, teve de ir à Justiça para evitar que Lula aparecesse contra ela, no programa do Inácio. Hoje, surfa sem hesitação na onda Lula, assume um arco de alianças que chega à velha direita Juracista, e cai nos braços da Engexata, da Grendene, da EIT, da Marquise, da Construtora Fujita...
Faltou Roseno ser macho assim na campanha, durante os debates. Parecia mais um admirador retraído da prefeita, alguém sem posição firme dos fatos. Faltou pegada ao Roseno, é isso.
Luana vasconcelos
O Renato Roseno devia ter feito estas declarações durante a campanha. O que se via era um renato roseno todo cheio de melindres prá falar da Loura. Parecia um combinemos...
Vi esse Renato Roseno abordo de uma pick-up importada no Liceu de Messejana com a canditada derrota Toinha Rocha pedindo votos na maior cara pálida! E viva o capital!
eh mt bom falar só em diretrizes.. na campanha não apontou uma crítica concreta a politica da luzianne. quero ver propor outra coisa citando os pontos a serem mudados... deixa os livros na mesa! "burguesia" "poder econômico" "socialista" "justiça social" é muito papo! eu quero é ver é alternativas concretas! foi por isso que perdeu e teve menos votos do que pra governador! (em 2006 foram 75 mil e agora 68 mil)
Hmmm....parece que o colégio eleitoral do Ceará é maior do que o de Fortaleza, não é não? O Renato foi na verdade MUITO, MUITO MAIOR agora do que antes. Ético, elegante, cavalheiro, íntegro. Sem baixo nível de qualquer espécie. Esse foi o perfil dele na campanha. Mas é claro, esses são valores que nem todos conhecem, e vários estranham.
Avisa aí ao Roseno que, em Macapá, o PSOL participou de aliança com o PSB e até o partido de aluguel PMN para eleger prefeito o sr. Camilo Capibaribe, filho do ex-governador João Capibaribe e da ex-deputada Janete Capibaribe. Ambos foram cassados por compra de votos. Se procurar mais no site do TSE, vai encontrar aliança até com o DEM. Com pouco mais de três anos de fundado, o Psol já enfrenta contradições desse tipo, que fizeram o grupo sair do PT.
Renato Roseno é um militante valoroso, e abnegado, à moda antiga, guia-se pela real concepção de solidariedade e acredito sinceramente no seu compromisso com a transformação social. Concordo plenamente com anônimo que disse que o Renato foi "ético, cavalheiro, íntegro." Mas é preciso, infelizmente, concordar também com o anônimo que disse que na campanha eleitoral "O que se via era um renato roseno todo cheio de melindres prá falar da Loura. Parecia um combinemos..."
Ora, não é que fosse um "combinemos", mas para muitos realmente podia parecer, exatamente pela falta de definição prévia, na cabeça do Renato, de como fazer a crítica a Luizianne e ao PT. Aliás, ele não fez nenhuma crítica profunda, e denúncias, como deveria, a prefeita e ao PT e, infelizmente, quer me parecer que isso é devido a falta de definição do próprio partido (o PSOL) sobre a crítica a ser feita ao PT, em especial, e a dita esquerda em geral.
Ao falar, sobretudo na campanha, o Renato tem que ter em mente que fala para quem acredita nele e para os que ainda não acreditam e que podem fazer leituras possíveis mas que não são as intenções que ele quer passar.
Qunto as alianças do PSOL em Macapá é preciso policiar o partido sim, se for para ter uma política excusa como os demais para que ter saído do PT? Infelizmente, sigla partidária tem certas limitações e em alguns momentos vai ser preciso fazer certas coligações, mas é preciso pelo menos escolher bem os políticos a quem se vai apoiar.
Jeovah Lucas
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