"O candidato democrata à presidência dos EUA, Barack Obama, aparece à frente em todas as pesquisas divulgadas neste domingo, a dois dias antes da eleição. Mesmo assim, a campanha democrata teme que, na hora do voto, muitos americanos deixem de votar em Obama por ele ser negro. Isso já aconteceu na década de 80, quando o prefeito de Los Angeles Tom Bradley liderava as pesquisas para governador mas perdeu a disputa por não ter votos suficientes entres os subúrbios brancos da Califórnia. O fato ficou conhecido no meio político como "Efeito Bradley". O mesmo efeito foi usado para explicar derrotas de Harold Washington na campanha para prefeito de Chicago em 83, do prefeito David Dinkins em Nova York em 89, e Douglas Wilder na disputa para governador da Virgínia no mesmo ano.No começo deste mês, conversamos com o professor John H. Stanfield, do Departamento de Estudos Afro-Americanos da Indiana University, para saber sobre as possibilidades de o "Efeito Bradley" acontecer novamente neste ano. Segundo o professor, algumas pessoas que disseram nas pesquisas que vão votar em Obama podem mesmo mudar de idéia na privacidade da cabine de votação, mas não em larga escala."O efeito Bradley não deve acontecer em larga escala nesta eleição. Se raça fosse um problema, isso já teria sido demonstrado nas primárias", afirma John H. Stanfield, professor do Departamento de Estudos Afro-Americanos da Indiana University."Certamente haverá algo como o efeito Bradley no dia 4 de novembro. Afinal, estamos na América. Mas o país mudou muito desde os anos oitenta e isso não deve afetar diretamente a candidatura de Obama", diz Stanfield."
(Portal G1)
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
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