Um elevador despencou, nesta tarde de quarta-feira, do quinto andar do Instituto Doutro José Frota, a maior emergência e urgência do Ceará. Sete funcionários do hospital estavam dentro do equipamento, mas apenas uma auxiliar de enfermagem saiu com ferimentos. A Chefia de Manutenção do IJF informou que o acidente foi provocado por um pico de energia. Com o impacto da queda, uma das placas de iluminação atingiu a cabeça de Maria Eliane Maciel. Os demais funcionários não sofreram ferimentos. Houve pânico.
No IJF, operam nove elevadores, mas há informações de que só dois estavam operando e, assim, mesmo priorizando pacientes.
Esse problema já havia sido alertado pelos médicos do Instituto em recentes paralisações. Segundo eles, há problemas na manutenção e falta investimentos. Já a assessoria de imprensa do IJF diz que há uma licitação em andamento e que serão aplicados R$ 670 mil na área.
VAMOS NÓS - Ainda bem que não houve uma tragédia. Há muito tempo que são feitas denúncias de poucos investimentos no IJF. Verbas para um setor prioritário sempre faltam. Mas para festa, não falta mobilização. Nessas horas, prefeita Luizianne Lins (PT), não há quem segue a revolta.
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6 comentários:
É lamentável a situação a que cheguamos em nossa unidade de referencia no tratamento do trauma de urgencia e emergencia, não só da cidade de Fortaleza, mas de todo o Estado do Ceará.
Desde o início da atual "gestão temerária" do IJF que todos os contratos de manutenção, inclusive dos elevadores, foram cancelados, assim como os contratos de supervisão da manutenção operacional. Considerando que o IJF é uma máquina hospitalar que funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano, sem intervalos. Por outro lado, a própria concepção operacional e arquitetonica do conjunto está sendo modificada tendo por base o "achismo" administrativo, na medida em que os autores e responsáveis técnicos pelo próprio projeto do IJF, foram totalmente alijados do processo de revisão necessários ao mesmo, na medida em sua concepção se deu em 1991 e se faz necssária. São quase16 anos de operações contínuas. Tem-se a impressão que o desejo administrativo "não revelado" pretende sucatear de vez com o equipamento. E coloco isto, com a maior tranquilidade, mas de forma categórica, como autor do projeto e responsável técnico registrado no CREA, pelo mesmo e, também pela equipe da qual fui o coordenador geral. Espero que um pouco de bom senso se afirme a partir deste "acidente".
Caro Eliomar,
Eu não sei até aonde vai a incompetência dessa administração.Como você bem escreveu,há dinheiro e muito para as grandes festas e nunca para as grandes necessidades do nosso povo como saúde,educação,moradia e infra-estrutura.a cidade está uma verdadeira tábua de pirulitos com tanto buraco e nós usuários de carros não aguentamos mais encher os bolsos das oficinas com nossos carros quebrados de tanto cair nos buracos da prefeita Luiziane.Assim ninguém aguenta!Basta de incompetência!Fora Luiziane e sua turma de incapazes e inoperantes!
Eliomar, algumas considerações:
1. Nenhuma servidora foi ferida no acidente. O freio de segurança do elevador foi acionado, o que possibilitou o amortecimento da queda. Se o elevador tivesse realmente despencado, suas passageiras teriam se ferido gravemente. O que aconteceu foi que apenas parte da tela do teto do elevador caiu sobre a enfermeira, mas não chegou a machucá-la.
2.No momento havia cinco elevadores funcionando e todas as pessoas, pacientes e servidores, que precisam dos elevadores, utilizam os equipamentos. Não existe priorização. Exames e cirurgias são realizadas normalmente.
3.Não podemos esquecer que os elevadores do IJF fazem parte de um rol de equipamentos muito antigos do Hospital e que só estão sendo substituídos nesta gestão. Como ultra-som, materiais cirúrgicos, tomógrafos e outros.
4. Por fim, a média anual de licitações do IJF supera a de qualquer município do interior do Estado. Além de uma reforma estrutural do valor de 8,4 milhões de reais que está em pleno andamento. Outro grande investimento é a construção do heliponto do IJF no valor de 4 milhões de reais que será entregue à população até outubro deste ano.
Um abraço.
O discurso da Assessoria de Imprensa é muito bonito, mas não cola. Entrar nos elevadores- os poucos que funcionam - é fazer uma viagem de terror. Eu mesmo já desci do elevador com desnível grande e desisti, optando sempre pela escada. Lá até paciente fica em situação difícil esperando pelos elevadores, que são uma coisa básica em qualquer hospital. Mas, mais sério que os elevadores, é a situação da sala de recuperação, que não cabe tanto paciente. Na corredor que dá acesso ao Centro Cirúrgico ficam pacientes graves, que foram operados, que deveriam ter suporte de UTI, por falta de vagas. Isso não passa na imprensa, nem em nenhuma TV ou jornal porque fica longe dos olhos de quem está na emergência, mas está bem perto do sofrimento dos pacientes e da realidade dos profissionais, que já não têm mais para quem apelar.
Prezado Sr. Tiago Montenegro,
se for pra falar besteira, é melhor ficar calado. Dizer que o elevador é antigo justificando o acidente foi no mínimo leviano. Se é antigo, que se faça manutenção ou desative. Colocar vidas em risco tendo consciência do perigo, é tentativa de assassinato. Se parte do teto caiu é porque o equipamento é sucata e não deveria estar em uso, uma incrível irresponsabilidade.
Não importa se as licitações são milionárias ou não. O porte do hospital demanda esse tipo de valor e mais, muito mais pois o IJF está caindo aos pedaços.
Se fosse investido no hospital o que se investe em festa, o quadro seria bem mais alegre, mas estamos infestados de dengue, com hospitais lotados e buracos nas ruas.
Fortaleza bela... bela b****.
Elevador hospitalar tem um requisito técnico de segurança, diversas vezes acima da operação normal. Quando um elevador chega a ter que utilizar seus freios de segurança é que a coisa está sem manutenção há anos. E manutenção de elevador é "just in time" ou melhor dizendo, contínua. Não existe esta história de elevador muito velho. Existem elevadores no Edifício São José ou Iracema Plaza, talvez os mais velhos da cidade, que estão em operações desde 1939 e "nunca cairam". Acho que o Sr. Assessor poderia se assessorar de um engenheiro mecanico ou de um engenheiro de segurança antes de colocar suas opiniões próprias na imprensa. Não convém divulgar "achismos" desta ordem. Daqui há pouco vão falar que o sistema de refrigeração "explodiu" por que tinha que explodir ou porque existem 70 toneladas de etileno glicol resfriadas armazenadas nos tanques de resfriamento que ficam na cobertura do edifício principal. Menos, meu caro, menos. Não é hora de divulgar opiniões sem nexo.
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