sexta-feira, 13 de março de 2009

O PERIGO QUE VEM DOS CÉUS


"Do início do ano até o dia 11 de março mais de 27.770 ocorrências de raios foram registradas no Estado, segundo levantamento da Companhia Energética do Ceará (Coelce), com base de dados da rede Starnet, que implantou um sistema de verificação de ocorrências no Ceará há quase seis meses. É como se, a cada dia, quase 398 raios fossem verificados no Estado nos últimos 70 dias. Os dados apontam que a maior incidência desse tipo de fenômeno acontece nas divisas do Ceará com o Piauí, nas regiões do Litoral Oeste e de Sobral/Ibiapaba. De acordo com o estudo, de janeiro até 11 de março foram verificados no município de Martinópole (334 quilômetros de Fortaleza) 183 descargas atmosféricas durante o período que, devido à sua pequena área, de aproximadamente 298 quilômetros quadrados, gerou uma média de 612 ocorrências por quilômetros no município. São Benedito, na Serra da Ibiapaba, é a segunda cidade em número de descargas por quilômetro, onde 204 raios foram registrados no período, com 603 ocorrências por quilômetro. Santa Quitéria e Granja, foram as que registraram o maior número de descargas, com 1.369 e 1.105,respectivamente. Entretanto, devido ao tamanho - Santa Quitéria possui mais de 4,2 mil km² - a quantidade de raios fica pulverizada. Fortaleza, com uma área de 313 km², registrou apenas 15 descargas no período. Segundo o coordenador da rede Starnet, Francisco Sales Ávila, os raios emitem um ruído, que é captado por um conjunto de antenas espalhados pelo Brasil e outros países. O sistema calcula a distância do ruído para várias áreas e realiza os cálculos. Para o projeto uma das antenas está instalada na Universidade Estadual do Ceará. Ele explica que a expectativa é analisar este tipo de fenômeno no Estado, verificar suas regiões de maior incidência e ser um instrumento útil para empresas e população em geral. O programa de monitoramento de tempestades, apelidado de Zeus, foi financiado pela Coelce e desenvolvido pela Uece em parceria com a Universidade de São Paulo, além de instituições internacionais de ensino, utiliza o sistema para verificar a incidência dos raios sobre e próximo a seus equipamentos.“

* Do Jornal O POVO, leia mais aqui.

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