"Petroleiros estão aprovando, em assembléias, um indicativo de paralisação nacional de cinco dias para a próxima segunda-feira (23). O objetivo da greve é sinalizar o descontentamento da categoria contra redução de postos de trabalho e flexibilização de direitos trabalhistas.
O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, explica que os petroleiros estão mobilizados contra o corte de empregos e de salários, especialmente em relação aos trabalhadores terceirizados. "A Petrobras tem revisto aguns contratos de prestação de serviços com as empresas, e os valores que pagará para essas empresas, o que tem reduzido postos de trabalho", argumenta. Os petroleiros também reivindicam condições mais seguras de trabalho, que tendem a se tornar ainda mais precarizadas com a redução de custos. Desde 2000, de acordo com a FUP, já foram registradas 165 mortes na Petrobras, das quais 134 eram de terceirizados e 31 de funcionários diretos da Petrobras. Somente este ano, já houve dois óbitos.
Para Moraes, a Petrobras precisa gerenciar a saúde e a segurança do trabalhador de outra forma, não se eximindo de culpa e jogando a responsabilidade para a vítima, como faz hoje. "É uma gestão muito conservadora em relação à saúde e segurança, de culpabilidade do trabalhador sobre o acidente", avalia. A paralisação tem ainda, como eixos, o pagamento de horas-extras pelos feriados trabalhados e negociações sobre Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Sempre realizado no mês de janeiro, o pagamento das parcelas do PLR este ano ainda não foi efetuado, sob justificativa da crise."
(Jornal Brasil de Fato)
quarta-feira, 18 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário