"A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencou 9,36% nesta segunda-feira, fechando com 46.028,06 pontos (veja gráfico ao final do texto). No mês, perda acumulada é de 17,34%; no ano, de 27,95%. A queda é a maior desde 14 de janeiro de 1999, quando o mercado tombou 9,97%. A Bolsa havia iniciado o dia aos 50.742,95 pontos. Nos Estados Unidos, dados preliminares indicam que o principal índice da Bolsa de Nova York caiu 6,98%, enquanto o indicador das ações de tecnologia, Nasdaq, desabou 9,14%. Durante a tarde, o pregão chegou a ser interrompido por cerca de meia hora, por ter caído 10,16%. Depois de retomar as operações, a queda continuou se aprofundando, chegando a 13,75% no pior momento do dia (às 16h30).
Na Bovespa, quando o índice cai mais de 10%, é acionado o "circuit breaker", mecanismo que interrompe as negociações de ações por meia hora. Se, após retomada a sessão, a queda avançar para além de 15%, a sessão é novamente interrompida, mas por um período de mais uma hora. A Bolsa acentuou a queda depois da decisão da Câmara dos Estados Unidos de rejeitar o pacote de socorro a bancos, de US$ 700 bilhões. "Eu não acredito que eles (os parlamentares americanos) não foram capazes de se reunir e chegar a uma solução. Um desastre completo foi previsto se o projeto não fosse aprovado... e não foi aprovado", disse Stephen Berte, operador sênior de ativos da Standard Life. "Eu não consigo ver um lado positivo neste momento."Antes da votação, no entanto, as perdas já eram fortes. Problemas no setor financeiro europeu somam-se às preocupações dos investidores com a crise nos EUA. "O efeito dominó que todo mundo temia começou a se propagar", disse Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros."
* Da Folha Online, com gráficos e mais detalhes aqui.
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