terça-feira, 9 de setembro de 2008

PISTOLEIRO PEGA 17 ANOS DE RECLUSÃO

"O anúncio da sentença da condenação do motoboy Sílvio Pereira do Vale Silva, pelo assassinato do madeireiro Miguel Luiz Neto, não causou surpresa ontem a boa parte das pessoas que foram assistir ao julgamento no Fórum Clóvis Beviláqua. Quando juiz Jucid Peixoto do Amaral, da 5ª Vara do Júri, contabilizou 17 anos de reclusão alguns dos poucos familiares do condenado - que estavam à esquerda do magistrado, choraram. Mas ninguém quis comentar o resultado. Do outro lado, os parentes do falecido se mantiverem serenos. "A justiça está sendo feita. Só isso", resumiu a viúva Josefa Alves Marinho. Sílvio Pereira, que revelou ao promotor Luiz Alcântara não gostar de ser chamado de Sílvio Pé de Pato - apelido que faz referência ao seu andar, pegou 17 anos por ser o pistoleiro que estava em uma moto e atirou seis vezes contra Miguel Luiz Neto. Uma emboscada ocorrida no bairro Jóquei Clube, no dia 27 de abril de 2007 - data do aniversário de 54 anos da vítima. Crime encomendado pelo empresário Firmino Teles de Menezes, ex-sócio da família de Miguel, e que tinha um litígio judicial por causa do comércio de madeira. Uma força-tarefa de delegados da Polícia Civil e Ministério Público também comprovou que Sílvio formou quadrilha para executar inimigos ou desafetos, com os já condenados Firmino Teles de Menezes (17 anos), os seguranças Rogério do Carmo Abreu (17 anos), Paulo César Lima (17 anos) e o metalúrgico Claudenor Ribeiro Alexandre (16 anos). Além, supostamente, do cabo da PM Cláudio Duarte Pena e do funcionário público do Fórum Clóvis Beviláqua Valdemar Gomes, que ainda não foram julgados por terem entrado com recurso no Tribunal de Justiça do Estado contra a pronúncia do juiz Jucid Peixoto do Amaral."

(O POVO)

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