SECRETÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA DESCARTA COMPLÔ DE DELEGADOS PARA DERRUBÁ-LO

"O secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Monteiro, afirmou ao O POVO que não acredita em um complô dentro da Polícia Civil para tentar derrubá-lo do cargo. Ele afirma que houve uma "atitude ousada", mas não "insubordinação", após a manifestação por escrito de 11 delegados contra um dos homens de confiança de Monteiro, o delegado Loredano Pontes, coordenador da Inteligência (Coin) da SSPDS. Em um documento de cinco páginas enviado a ele em julho último, que estava sob apuração interna e tornado público nesta semana, o grupo pede ao secretário uma investigação para saber por que Loredano não avisou ao titular da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), Jaime de Paula Pessoa, sobre o risco iminente de um seqüestro que acabou acontecendo. Monteiro confirmou que há uma investigação aberta contra policiais da DAS, ponderou que o motivo dessa apuração é sigiloso, mas que essa não teria sido a causa da informação do provável seqüestro não ter sido repassada ao chefe da Anti-Seqüestro. Ele garante que os familiares do garoto seqüestrado foram alertados antes do caso acontecer e que, mesmo com várias precauções tomadas, inclusive a contratação de seguranças, o adolescente acabou sendo mantido num cativeiro por 13 dias, em julho último. "Não podíamos, tendo uma investigação sigilosa, levar isso à DAS sem ter antes conversado com o Ministério Público", afirmou Monteiro. O segredo era sobre uma interceptação telefônica autorizada pela Justiça, a pedido do MP, que investigava a fuga de dois presidiários do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS). Dias depois, na abordagem a tiros a um dos fugitivos, que conseguiu escapar novamente, a Polícia acabou descobrindo um papel com os números da placa do carro da mulher de um empresário (familiar do jovem seqüestrado)."

*Do Jornal O POVO, leia mais aqui.