"O juiz Eli Gonçalves Júnior, da Comarca de Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza), pronunciou o procurador aposentado do estado do Amapá, Ernandes Lopes Pereira, acusado da morte do delegado Cid Júnior. Agora, Ernandes Lopes deverá ser levado a júri popular. A expectativa do advogado João Marcelo Pedrosa, assistente de acusação do caso, é de que isso ocorra no primeiro semestre do ano que vem. A defesa tem cinco dias para recorrer da decisão. Nesse caso, o recurso será julgado pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Daniel Barreto, um dos advogados do procurador, critica a forma como o processo está sendo conduzido. "O juiz está sendo absolutamente parcial e arbitrário. Quero ver se todos os processos da Comarca de Eusébio correm nessa mesma ligeireza, sem contar nas interferências enormes que estão ocorrendo", afirmou. De acordo com a tese defendida pelo promotor de Justiça José Evilázio Alexandre, o procurador atirou contra o delegado com intenção de matar, de surpresa e por motivos torpes (homicídio duplamente qualificado). Para a defesa do acusado, o disparo foi acidental, o que implicaria uma condenação por homicídio culposo (sem intenção de matar). Dezesseis testemunhas, indicadas pela acusação e defesa, foram ouvidas durante a fase de instrução criminal. Na tarde do dia 13 de agosto, o procurador aposentado foi à residência de Júlia Vieira do Amaral, mãe do delegado Cid Júnior e do juiz Jucid Peixoto do Amaral. Ele a convidou para ir conhecer sua nova casa, localizada na rua Xaréu, nº 1.000, na lagoa da Precabura, município do Eusébio. Ernandes também convidou Jucid e Cid, mas eles não puderam ir. No fim da tarde, Cid Júnior, então delegado do 19º Distrito Policial (Conjunto Esperança), foi buscar a mãe na residência, acompanhado da esposa. Pouco tempo depois, Ernandes atirou na cabeça de Cid Júnior, que morreu sentado em uma cadeira, na varanda da casa."
(Jornal O POVO)
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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