sexta-feira, 14 de novembro de 2008

MANTEGA DEFENDE REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS

"O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu nesta sexta-feira, em Washington, a redução das taxas de juros no mundo todo, inclusive no Brasil. Segundo ele, há consenso entre os países do G20 financeiro que a redução do custo financeiro é fundamental para impulsionar a economia e, assim, neutralizar os efeitos da crise financeira global. Segundo Mantega, o risco hoje não é apenas de recessão, mas de depressão econômica. Mantega preferiu, no entanto, não fazer previsões. “Cada país tem o ritmo e tem as suas necessidades. Uma coisa é certa, você tem que baixar o custo financeiro em todos os países porque ele subiu muito recentemente. Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, no Reino Unidos e na União Européia, o custo financeiro tem que cair, senão não haverá retomada da atividade econômica”, sentenciou.
O ministro defendeu o aumento dos investimentos públicos como estratégia de combate aos efeitos da crise na economia real, repetindo o consenso dos ministros de economia do G20. Mas frisou que políticas fiscal e monetária devem estar sintonizadas e coordenadas em nível global.
“Se um país fizer isoladamente, ele pode não ter sucesso e vazar recursos para outros países”, ponderou. “Se fazemos uma política monetária agressiva liberando liquidez, crédito em reais e em dólares, por exemplo, os outros países vão se aproveitar e absorver estes dólares e estes reais sem dar nada em troca”, explicou.
Ele destacou que a expansão fiscal deve ser feita na medida das possibilidades de cada país. Na reunião de ministros e presidentes de bancos centrais do G20 financeiro, no final de semana passado, em São Paulo, os presidentes de Bancos Centrais manifestaram preocupação com a possibilidade do aumento dos gastos públicos representar disparada da inflação.
Porém de acordo com Mantega, a inflação não é mais problema e que há espaço para uma política fiscal “mais flexível”. “Cada país vai precisar fazer uma política fiscal de acordo com as suas necessidades e suas possibilidade. No caso brasileiro, não há risco de recessão. Estamos dispostos a fazer política fiscal”, assegurou, citando a medida provisória publicada hoje no Diário Oficial, de postergação de pagamento de tributos para empresários."

(Agência Brasil)

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