sábado, 1 de novembro de 2008

SENADOR QUER O FIM DA OBRIGATORIEDADE DO USO DE TERNO E GRAVATA NO CONGRESSO


"Se depender do senador Gerson Camata (PMDB-ES), e de um certo estudo que ele virá a sugerir, a obrigatoriedade do uso de terno e gravata nas dependências do Congresso está com os dias contados. O parlamentar capixaba quer trazer ao Parlamento a experiência da Organização das Nações Unidas (ONU), que, na sua sede em Nova York, aboliu a obrigatoriedade do traje para manter aparelhos de ar condicionado funcionando em temperaturas menos frias – e, conseqüentemente, economizar energia elétrica e reduzir a emissão de poluentes como gás carbônico (CO²). “Eles [os funcionários da ONU] fizeram uma experiência de um mês por lá. Aumentaram a temperatura dos aparelhos de ar condicionado de 19 graus para 24 graus”, disse Camata ao Congresso em Foco, informando que espera o resultado desse estudo da entidade para apresentá-lo à Mesa Diretora do Senado.
“Isso economiza muita energia elétrica, e ainda diminui a emissão de poluentes”, completou o senador, dizendo que a experiência da ONU revelou uma redução de 300 metros cúbicos diários na emissão de CO². Camata adiantou que, com base nos dados que receberá formalmente da ONU, vai sugerir à Mesa um estudo sobre quanto Câmara e Senado economizariam caso fossem aumentadas as temperaturas dos aparelhos de ar condicionado em 5 graus, durante em um mês.
A despeito das implicações ecológicas e mesmo às referentes ao bem-estar masculino, já há quem estranhe a idéia de Gerson Camata. “[O uso de terno e gravata] é uma convenção cultural, uma lei não escrita”, disse a senadora Marisa Serrano, que costuma freqüentar elegantemente as dependências do Congresso – o mesmo que não consegue imaginar informalmente. Ela acha que a idéia não deve ter continuidade. “É estranho a gente ter parlamentares sem terno e gravata.”

(Congresso em Foco)

2 comentários:

Ismael Luiz disse...

SEM DÚVIDA,UMA BOA IDÉIA.AFINAL,NÃO É A ROUPA QUE FAZ O HOMEM,AS APARÊNCIAS,ATÉ ENGANAM.MAS,VAI TER SEMPRE O ENGRAÇADINHO QUERENDO EXAGERAR.REGRAS,NA CERTA,DEVERÃO SER ESTABELECIDAS.

Anônimo disse...

Ponto para o Gerson Camata. Por uns instantes (raros) o Senado ficou menos inútil !!!

Outro aspecto importante que deixou de ser mencionado é o aspecto de classe social - refletido no comentário da Marisa Serrano (extremamente elitista) - pois poucas são as pessoas que possuem condições para trajar terno e gravata o tempo todo. Vale observar ainda o fato de que vivemos num país tropical, por isso não há necessidade que justifique os "palácios oficiais" (executivo, legislativo e judiciário) adotarem um parâmetro médio de temperatura "quase glacial" em seus ambientes. Não seria isso uma forma de segregação social ? Cito como exemplo um lamentável episódio em que fui barrado no STF pelo simples fato de estar - pasmem - sem gravata... e olhe que eu estava de "blaiser". É mole ?