PSOL REAGE ÀS CRÍTICAS DE CIRO E DIZ QUE NÃO SE VENDEU NEM FICOU DO LADO DOS PODEROSOS

As críticas feitas pelo presidenciável Ciro Gomes ao P-SOL, afirmando que o partido presidido pela ex-senadora Heloisa Helena reproduz o pior do petismo que, segundo ele não é o mensalão, mas um "maniqueísmo moralista" sem assumir responsabilidades com a situação política do país, repercutiu. O PSol de Pernambuco divuglou nota batendo wem Ciro , que fez tais declarações nesta semana durante encontro nacional do PSB, no Recife:

"Em nossa avaliação, as declarações do deputado refletem dois fatos. O primeiro é seu equívoco em desprezar o papel das oposições programáticas aos governos estabelecidos. O pior do PT, segundo afirma Ciro Gomes, foi ter sido um fiscal implacável na oposição, papel que hoje o P-SOL se orgulha muito em cumprir, com a autoridade de quem não se vendeu e não se rendeu aos podres poderes da política. O segundo é o fato do P-SOL ocupar um espaço real no imaginário da população brasileira, como um partido que busca honestamente agir com correção política, com ética, e que se materializa na figura de Heloisa Helena, pré-candidata à presidência da República bem consolidada em todas as pesquisas de opinião.
O P-SOL não prega e não acredita que com moralismo e canetadas as soluções para os graves problemas vividos pela população brasileira serão resolvidos. Acreditamos que é possível, necessário e urgente fazer profundas reformas no regime político e na cultura política elitista vigente no país, cultura que desrespeita a própria Constituição Federal, que estabelece que o poder que emana do povo deve ser exercido pelo povo não somente através do voto em representantes, mas através de plebiscitos, referendos e projetos de lei de iniciativa popular. Acreditamos sim, que com mecanismos democráticos e de transparência é possível termos um controle social efetivo sobre os poderes institucionais, fazendo da ética na política algo que se relacione dialeticamente com uma verdadeira democracia.
Portanto, as tentativas de Ciro Gomes de desqualificação do P-SOL refletem também seu apego às instituições e à cultura política elitista que vitima nosso povo, e não poderia ser diferente, pois sua biografia mostra que sempre esteve junto aos poderosos do país, em vários partidos inclusive. O fato do deputado contrapor o rigor ético do P-SOL com o escândalo do mensalão do PT no poder, e dizer que o primeiro é pior que o segundo, é mais que esclarecedor.
O P-SOL não faz parte e não quer fazer parte desta cultura. Não somos moralistas, nem muito menos os donos da ética, mas temos a certeza de que sem ética na política não é possível começar a mudar este país.

Executiva Estadual do P-SOL/PE