Sentindo-se atingido por declarações do presidente do PT do Ceará, Joaquim Cartaxo, aqui veiculadas, o prefeito de Quixadá, Ilário Marques, também postulante ao cargo que será disputado em pleito de segundo turno no domingo, enviou para o Blog a seguinte carta:
"Companheiras e companheiros,
A vitória das oposições nas eleições estaduais do PED, forçando um temido mas inevitável segundo turno e garantindo a maioria no Diretório Estadual, indica um fortalecimento notável das posições combativas e de esquerda no interior do partido. Ainda mais importante, aponta para a constituição de uma nova maioria política, a emergência de um campo socialista amplo comprometido com a construção de um PT robusto, independente e profundamente democrático. Trata-se de uma vitória histórica, não tanto por seu tamanho quantitativo, mas pelo inovador horizonte estratégico que abre: a reorganização de forças e reestruturação interna do PT a fim de combater a tendência de burocratização e desmobilização imprimida pela atual direção estadual. O primeiro e mais urgente desafio que se impõe a essa nova coalizão é revitalizar as instâncias internas e resgatar a prática de esquerda no partido. Com isso propomos uma renovação da vida partidária, reafirmando o PT como um partido ideológico e programático, de teses e debates, comprometido com a formação política de seus militantes e ativamente engajado nas lutas sociais.
Para coroar essa importante vitória política que já foi obtida na composição do Diretório, e garantir um novo rumo para o nosso partido, faz-se necessário agora a vitória também na presidência estadual. Para atingir esse objetivo, todas as grandes forças de oposição se somaram em apoio à minha candidatura – que não representa mais uma força ou tendência particular, e sim um esforço coletivo em defesa do pluralismo e da renovação partidária. Articulação Unidade na Luta, Articulação de Esquerda, Fórum Socialista, Tendência Marxista, Democracia Socialista e Movimento PT, e seus candidatos, Reudson, Ibiapino e Íris, se posicionaram de forma firme e decidida em favor da mudança, apoiando meu nome para a disputa no segundo turno. Aderem também a esse movimento o Núcleo Américo Barreira e grande maioria dos setoriais de juventude, sindical e dos movimentos sociais, bem como a maioria dos petistas independentes. Estamos todos juntos nessa unidade plural e democrática, para romper o hegemonismo exclusivista adotado, com certa dose de brutalidade, pela corrente que se crê dona e representante incontestável do partido. Nossas forças unidas somam 56% dos votos válidos no primeiro turno, o que equivale a mais de oito mil votos.
É preciso ter cuidado, no entanto, com a tática terrorista e manipuladora daqueles que pretendem desviar o foco do debate. E querem desviar porque são incapazes de enfrentar as verdadeiras questões que se apresentam. Trata-se de discutir à gestão política interna do PT. O verdadeiro debate é sobre a autonomia partidária, para impedir que o PT se transforme em um apêndice de projetos e ambições externas. É sobre a funcionalidade institucional, para garantir que o partido tenha debate interno onde as diversas correntes e tendências sejam ouvidas e respeitadas. É sobre a necessidade de retomar o partido como um espaço para elaboração coletiva de políticas públicas e projetos inovadores. É sobre a urgência da retomada da formação política e de uma estratégia eficiente de comunicação.
O rompimento com o governo do Estado simplesmente não está na pauta. O apoio ao governo Cid Gomes foi reafirmado sucessivas vezes tanto pela executiva estadual do PT, como por todas as forças que agora apóiam a nossa candidatura. Não é isso que está em questão nesse processo eleitoral. De fato, encaramos com preocupação essa estratégia de fazer do governo estadual foco de uma eleição interna do nosso partido, e o entusiasmo com o qual a outra candidatura quer se apresentar como oficialista e chapa branca. Em última instância, essa postura corre o risco de legitimar o indevido envolvimento governamental no PT, assim como a ingerência inaceitável de partidos aliados em um processo de decisão interna que diz respeito unicamente aos filiados petistas. Rechaçamos com veemência essa confusão equivocada entre partido e governo, e ressaltamos que o PT deve ser independente e autônomo para escolher seu próprio caminho, livre de pressões exteriores. Não desejamos romper com o governo, mas tampouco somos o candidato do governo. Temos compromisso com esse governo no qual o PT participa, mas nosso compromisso maior é com o Partido dos Trabalhadores – independente, combativo, plural, socialista e democrático.
A vitória das oposições nas eleições estaduais do PED, forçando um temido mas inevitável segundo turno e garantindo a maioria no Diretório Estadual, indica um fortalecimento notável das posições combativas e de esquerda no interior do partido. Ainda mais importante, aponta para a constituição de uma nova maioria política, a emergência de um campo socialista amplo comprometido com a construção de um PT robusto, independente e profundamente democrático. Trata-se de uma vitória histórica, não tanto por seu tamanho quantitativo, mas pelo inovador horizonte estratégico que abre: a reorganização de forças e reestruturação interna do PT a fim de combater a tendência de burocratização e desmobilização imprimida pela atual direção estadual. O primeiro e mais urgente desafio que se impõe a essa nova coalizão é revitalizar as instâncias internas e resgatar a prática de esquerda no partido. Com isso propomos uma renovação da vida partidária, reafirmando o PT como um partido ideológico e programático, de teses e debates, comprometido com a formação política de seus militantes e ativamente engajado nas lutas sociais.
Para coroar essa importante vitória política que já foi obtida na composição do Diretório, e garantir um novo rumo para o nosso partido, faz-se necessário agora a vitória também na presidência estadual. Para atingir esse objetivo, todas as grandes forças de oposição se somaram em apoio à minha candidatura – que não representa mais uma força ou tendência particular, e sim um esforço coletivo em defesa do pluralismo e da renovação partidária. Articulação Unidade na Luta, Articulação de Esquerda, Fórum Socialista, Tendência Marxista, Democracia Socialista e Movimento PT, e seus candidatos, Reudson, Ibiapino e Íris, se posicionaram de forma firme e decidida em favor da mudança, apoiando meu nome para a disputa no segundo turno. Aderem também a esse movimento o Núcleo Américo Barreira e grande maioria dos setoriais de juventude, sindical e dos movimentos sociais, bem como a maioria dos petistas independentes. Estamos todos juntos nessa unidade plural e democrática, para romper o hegemonismo exclusivista adotado, com certa dose de brutalidade, pela corrente que se crê dona e representante incontestável do partido. Nossas forças unidas somam 56% dos votos válidos no primeiro turno, o que equivale a mais de oito mil votos.
É preciso ter cuidado, no entanto, com a tática terrorista e manipuladora daqueles que pretendem desviar o foco do debate. E querem desviar porque são incapazes de enfrentar as verdadeiras questões que se apresentam. Trata-se de discutir à gestão política interna do PT. O verdadeiro debate é sobre a autonomia partidária, para impedir que o PT se transforme em um apêndice de projetos e ambições externas. É sobre a funcionalidade institucional, para garantir que o partido tenha debate interno onde as diversas correntes e tendências sejam ouvidas e respeitadas. É sobre a necessidade de retomar o partido como um espaço para elaboração coletiva de políticas públicas e projetos inovadores. É sobre a urgência da retomada da formação política e de uma estratégia eficiente de comunicação.
O rompimento com o governo do Estado simplesmente não está na pauta. O apoio ao governo Cid Gomes foi reafirmado sucessivas vezes tanto pela executiva estadual do PT, como por todas as forças que agora apóiam a nossa candidatura. Não é isso que está em questão nesse processo eleitoral. De fato, encaramos com preocupação essa estratégia de fazer do governo estadual foco de uma eleição interna do nosso partido, e o entusiasmo com o qual a outra candidatura quer se apresentar como oficialista e chapa branca. Em última instância, essa postura corre o risco de legitimar o indevido envolvimento governamental no PT, assim como a ingerência inaceitável de partidos aliados em um processo de decisão interna que diz respeito unicamente aos filiados petistas. Rechaçamos com veemência essa confusão equivocada entre partido e governo, e ressaltamos que o PT deve ser independente e autônomo para escolher seu próprio caminho, livre de pressões exteriores. Não desejamos romper com o governo, mas tampouco somos o candidato do governo. Temos compromisso com esse governo no qual o PT participa, mas nosso compromisso maior é com o Partido dos Trabalhadores – independente, combativo, plural, socialista e democrático.
Ilário Marques"
Um comentário:
E esse pessoal se diz de esquerda e é conta tática terrorista. Diabeisso???
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