"As eleições municipais do Brasil foram notícia nos principais jornais do mundo nesta segunda-feira. O norte-americano "The Washington Post" e o francês "Le Monde" destacaram a derrota da candidatura de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo. No "Washington Post", Marta Suplicy (PT) e o "partido político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva" perderam as eleições em São Paulo, "dois anos antes da eleição presidencial". O jornal afirma que a vitória do democrata Gilberto Kassab na cidade fortalece a oposição contra um eventual sucessor de Lula. A reportagem cita o governador José Serra como "um provável opositor ao sucessor do presidente". O jornal destaca ainda o cenário carioca, com a vitória de Eduardo Paes (PMDB) sobre Fernando Gabeira (PV), "um congressista que ajudou a seqüestrar o embaixador americano há quase quatro décadas". Segundo o jornal, a campanha de Gabeira foi "focada na redução do crime e da pobreza em favelas e atraiu o apoio de proeminentes banqueiros". Para o francês, o resultado de São Paulo, a "principal cidade do Brasil", seria "o mais importante" pois é onde se esboça o "jogo da direita contra a esquerda". O "Monde" destaca ainda a impopularidade de Marta com a classe média. O norte-americano "The New York Times" destacou o desempenho de Fernando Gabeira, candidato à Prefeitura do Rio, "um congressista brasileiro que ajudou a seqüestrar um embaixador americano durante a ditadura militar". O jornal informa que Gabeira perdeu a eleição para Eduardo Paes, "congressista aliado ao presidente Lula". Segundo a reportagem, Gabeira é "impopular com os conservadores por suas posições a favor da legalização da maconha, do aborto e do casamento gay", apesar de ter tido apoio da "elite rica" devido ao "persistente crescimento do crime e da perda das indústrias para São Paulo". O diário destaca ainda que Gabeira seria um dos últimos militantes de esquerda a ganhar uma posição política relevante e cita os casos do ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Franklin Martins, e da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. Lula O espanhol "El País" disse que o segundo turno das eleições foi um "duro golpe" no presidente Lula, cuja "popularidade não foi suficiente" para eleger sua ex-ministra Marta Suplicy."
(Com Blog da Folha)
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