O reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jesualdo Farias, dará entrevista coletiva na próxima terça-feira, às 8h30min, em seu gabinete, quando vai apresentar o projeto do Instituto de Cultura e Arte (ICA). Na ocasião, ele exporá o planejamento arquitetônico do Instituto, a decisão de instalá-lo no Sítio Alagadiço Novo, onde fica a Casa José de Alencar, e os cuidados com a preservação do patrimônio histórico e do meio ambiente.
O ICA é a mais recente unidade acadêmica da UFC, criada em junho deste ano, e que abrange os cursos de Comunicação Social, Educação Musical, Estilismo e Moda e Filosofia, além das respectivas pós-graduações. Receberá mais dois cursos em 2010: Artes Cênicas e Cinema e Audiovisual.
O projeto arquitetônico do ICA é do professor Neudson Braga. Ele garante que todas as exigências legais estabelecidas pelo Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) estão sendo cumpridas, evitando-se qualquer comprometimento da estrutura da Casa de José deAlencar e de seus acervos.
VAMOS NÓS - É justamente a questão do zelo pelo patrimônio que é a Casa José de Alencar o principal foco de discussões no âmbito da UFC. Há setores da comunidade universitária que questiona a implantação ali do ICA.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Prezado Eliomar, nós iremos acompanhar no local (dentro do permitido) essa comunicação do Magnífico Reitor da UFC. O movimento ecológico fará uma visita à casa José de Alencar nos próximos dias, e estamos também em contato com o IPHAN, para que possamos ter todos os dados em mÃO, de maneira a termos todo o necessário para evitar uma nova degradação ambiental em Fortaleza...abraços..
A proposta feita pelos Arquitetos Neudson Braga e Romeu Duarte, Ex-Superintendente Regional do IPHAN, não pode isenta de críticas. A mesma se apresenta na contramão da História e das atuais tendencias internacionais de revalorização dos sítios históricos centrais em todas as cidades do mundo. Guardadas as devidas proporções seria a mesma coisa que propor a retirada da Universidade da Sobornne do centro de Paris ou a Universidade de Havard do centro de Boston, ou a New York University, no "miolo" histórico de Manhanttan. Além disto, a Universidade "retira-se" da avenida de mesma denominação, uma das mais qualificadas e destacadas posições de acessibilidade e mobilidade da cidade, permeadas por três do mais importantes corredores de transporte de Fortaleza - Av. 13 de Maio, Av. Carapinima/ José Bastos, esta com Metro em instalação e Av. da Universidade - e vai se instalar nos "cafundós" do Alagadiço Novo, sobre um sítio histórico tombado a nível federal pelo IPHAN. Resta as questões, o que será feito do patrimonio imobiliário da UFC na Av. da Universidade ¹? Como se deslocaram os milhares de alunos e matriculados para as imediações do Cambeba ²? Porque a comunidade universitária não foi consultada previa e abertamente ³?
Respeitamos a posição do novo Reitor, mas julgamos que esta questão deve ser discutida e mais esclarecida. Diversos professores renomados e posições de referencia da Universidade não foram ouvidos, como os Professores Paulo Elídio de Menezes, Ex-Reitor UFC, Gilmar de Carvalho/ Prof. Dr. Titular Comunicações, Prof. Liover Docente José Liberal da Castro da Arquitetura, Prof. Dr. Ismael Pordeus, da Ciencias Sociais, Profª DrªAngela Gutierrez, Ex-Diretora da Casa José de Alencar até duas semanas atrás, quendo solicitou demissão, por não concordar com esta proposição de "retirada" da Universidade do área central da cidade, onde está históricamente instalada há mais de 50 anos e contribuindo para o próprio desenho e estruturação daquele setor urbano. Proposição esta que não é aceita também pela Faculdade de Direito, Faculdade de Economia, Administraçã e Ciencias Atuariais, Faculdade de Educação, Departamento de Arquitetura e Urbanismo.
A solução para preservação do contexto histórico e arqueológico da Casa José de Alencar, no Sítio do Aalgadiço Novo; assim com as diretrizes de dinamização e uso daquele equipamento referencial de nossa cidade são estas. Isto foi muito bem colocado pela Superintendencia Regional do IPHAN, sob coordenação da Profª Olga Paiva. E a alta direção da Universidade precisa entender isto: não se trata simplesmente de mais nova obra. Por outro lado, não se entende as posição dos professores/ arquitetos autores, citados em comentário anterior, do projeto que até bem pouco tempo engrossavam a postura do próprio Departamento de Arquitetura e Urbanismo de permanencia no Benfica.
O Campus do Benfica tem aproximadamente 14 hectares(140.000 m² e potencial construtivo de 280.000 m²) e pode ser integralmente redesenhado de forma a transformar-se em uma ancora de requalificação urbana do Centro da Cidade, juntamente com o METROFOR. Isto posto, considera-se que o mesmo é sem sombra de de qualquer dúvida urbanística e;ou arquitetonica a melhor posição logística desta cidade. Dentre as melhores também está o Campus do Porangabussu e o Campus do PICI. Não podemos "continuar" a querer inventar a roda e convalidar as tendencias catastroficas de um urbanismo apressado, equivocado e autofágico baseada na destruição das situações referenciais centrais de nossa cidade. Depois desta só resta aparecer a proposição de querer levar a orla marítima central para as imediações da Av. Washington Soares.
Com a palavra o Prof. José Liberal de Castro/ Livre Docente em Arquitetura e Urbanismo; Membro do Conselho Nacional do IPHAN/ Instituto do Patrimonio Histórico Nacional. Com a palavra o outros professores que não foram ouvidos.
Cordialmente. Prof. José Sales/ Departmento de Arquitetura e Urbanismo UFC
Postar um comentário