sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

PRESIDENTE DA CNI - DERRUBADA DA CPMF FOI MOMENTO DE AFIRMAÇÃO DO CONGRESSO


Eis Armando Monteiro num flash com o então presidente FHC

"O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, disse hoje que a decisão do Senado Federal de não prorrogar a CPMF até 2011 foi “um momento de afirmação do Congresso Nacional”, que tomou uma posição de independência, e “um sinal claro” da sociedade de que não se admite mais a elevação da carga tributária. “O Brasil tem todas as condições de ultrapassar as dificuldades que possam surgir num primeiro momento”, argumentou. De acordo com o presidente da CNI, será preciso combinar medidas de racionalização de gastos para compensar a perda de arrecadação que o fim da contribuição provocará – segundo os cálculos do governo, em 2008 entrariam nos cofres públicos cerca de R$ 40 bilhões, recolhidos a cada movimentação financeira. A perda de arrecadação pode trazer preocupações ao equilíbrio fiscal se não houver racionalização de custos, segundo Monteiro Neto.
“Num segundo momento, como somos otimistas, o Brasil sai de uma economia de baixo crescimento para uma economia de crescimento médio, de 5%”, disse. “Acho que o próprio crescimento econômico vai propiciar um espaço, em termos fiscais e de arrecadação, para o governo se rearrumar após o corte da CPMF”, completou Armando Monteiro Neto.
Sobre o fim da CPMF a partir de 1º de janeiro de 2008 prejudicar a política industrial em gestação no governo, o presidente da CNI disse que é preciso ter muito cuidado com esse debate. Segundo ele, a necessidade de desonerar alguns setores da indústria, particularmente os investimentos, é do país, não é algo que sirva apenas à indústria."

(Assessoria de Imprensa da CNI)

Um comentário:

Anônimo disse...

Eliomar, este post de hoje do Reinaldo Azevedo diz tudo. Por isso, transcrevo aqui:

"O governo perdeu para a sua arrogância, para a sua prepotência, para a sua compulsão em humilhar as oposições, tentando desmoralizá-las, a exemplo do que fez Lula há dias com o DEM, o que vem sendo repetido bovinamente em algumas colunas. Perdeu para o terrorismo de Guido Mantega e suas ameaças de aumento de impostos e de corte na verba dos Estados — ele fez até uma planilha. Perdeu para a mania de tratar quem diverge como inimigo, como fez Mantega (ele de novo) com Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
Assim, o que se viu no Congresso na madrugada de quarta para quinta foi, sim, uma vitória da democracia. Não uma vitória meramente retórica. Um dos Poderes da República tinha de votar, e votou, a recriação da CPMF. Votou e disse não. Em todo o mundo democrático, isso acontece a toda hora e é, vejam só, considerado coisa normal. No Brasil, os tocadores de tuba e dualéticos ficam indignados e prevêem um destino trágico para quem ousa divergir da santidade encarnada.

E para arrematar: uma tese é estúpida ou traz consigo uma invencível má-fé quando, invertendo-se um dos lados da equação, não se pode inverter o outro. Explico na prática. Se o governo perdeu, mas é o PSDB o derrotado, então é forçoso supor que, tivesse vencido o governo, vitorioso seria o PSDB. Fui claro? Se a CPMF tivesse sido aprovada, quem escreveria o texto “O PSDB venceu”? Essa questão de lógica elementar desmoraliza essa tese idiota."