sexta-feira, 30 de maio de 2008

CONCURSO DE DELEGADO - COMISSÃO EXECUTORA SE DEFENDE E APELA AO GOVERNADOR PARA QUE NÃO ANULE CERTAME

Sobre a polêmica em torno do concurso público para delegado da Polícia Civil e escrivães, este Blog recebeu, nesta sexta-feira, carta do professor Fábio Perdigão Vasconcelos. Na época, ele era o coordenador da CEV/Uece, a responsável pelo certame. Confira:

Caro Eliomar,

Envio-lhe trecho de um oficio encaminhado por mim ao Senhor Governador do Ceará a respeito da recomendação de anulação do concurso para delegado e escrivão. Segue na íntegra o parágrafo: "Aproveitando o assunto de outros concursos e levando em conta a recomendação de anulação do concurso para Delegado e Escrivão de Polícia feita pelo Promotor de Justiça Dr. Romério Landim, informo a V. Exa que a CEV/UECE, executora do concurso, não cometeu nenhuma irregularidade que ferisse o Edital do concurso. Não houve fraude nem favorecimento a nenhum dos candidatos. Não admitiremos que o nome da UECE seja manchado por suposições levianas. Nenhum dos candidatos aprovados para os cargos de Delegado ou Escrivão tem qualquer grau de parentesco com qualquer dos membros da CEV/UECE. Se existem parentes dos membros da Comissão Organizadora (composta por técnicos da SSPDS e da SEPLAG) entre os aprovados isso não indica fraude, pois a elaboração, a revisão e a aplicação de provas são de conhecimento e de sigilo EXCLUSIVO da CEV/UECE.

Nenhuma pessoa externa a CEV/UECE teve acesso as provas. Quanto à não participação da OAB na Prova Oral, não é razão para anular o concurso. O próprio Promotor Dr. Romério Landim, questionado anteriormente sobre esse fato, disse que a OAB foi comunicada e não compareceu por que não quis. Sobre esse episódio, relato à V. Exa que na Prova Escrita a Comissão Organizadora (SSPDS/SEPLAG) comunicou por escrito à OAB que enviou um representante para acompanhar a aplicação da prova. Para a Prova Oral, a Comissão Organizadora (SSPDS/SEPLAG) não comunicou à OAB. Nós da CEV/UECE, observando a falha, comunicamos à OAB que a Prova Oral seria realizada no domingo dia 15 de julho de 2007. Essa comunicação foi através de um telefonema feito por mim mesmo ao Presidente da OAB, Dr. Hélio Leitão, na sexta-feira, dois dias antes da realização do exame. A reação do Presidente da OAB foi surpreendente e não condizente com o cargo que ele ocupa.

O Presidente da OAB afirmou que não enviaria nenhum representante por que a participação da OAB no concurso era só de acompanhar a aplicação das provas, e que a OAB não ia ser bedel de concurso. Ele não se queixou do fato de a convocação ter sido feita apenas dois dias antes da aplicação da prova. Quanto à tentativa de fraude por parte dos candidatos que apresentaram livros falsos na prova de títulos, eles devem ser punidos judicialmente e eliminados do concurso. A CEV/UECE, quando recebeu os títulos para serem analisados, recebeu também uma denúncia de um dos candidatos de que alguns daqueles livros apresentados por outros candidatos poderiam não ter sido escritos pelos concorrentes. A CEV/UECE comunicou imediatamente o fato a SSPDS e entregou a denúncia para a Polícia apurar, pois não temos esse poder; o nosso dever é de pedir a apuração da denúncia.

Caso esse concurso seja anulado por essa razão, estaremos trazendo um grande prejuízo ao Estado do Ceará e, o que pode ser pior, beneficiando os que tentaram fraudar o certame e prejudicando aqueles que foram aprovados LEGAL e HONESTAMENTE. Solicito a V. Exa que, antes de tomar qualquer decisão a esse respeito, escute os membros da comissão executora da CEV/UECE, todos pessoas sérias com uma vida pública e uma folha de serviços prestados de mais de 30 anos ao Estado do Ceará."

Professor Fábio Perdigão Vasconcelos
Presidente da CEV entre junho de 2004 e fevereiro de 2008.

3 comentários:

Anônimo disse...

Pessoas mesquinhas e invejosas que não participaram ou que foram reprovadas nesse concurso tentam de toda forma conseguir sua anulação.
"A penas não pode passar da pessoa do Criminoso" É frase de mais de 300 anos antes de Cristo! Por que punir quem não tentou burlar o concurso?
O Inquérito Policial tem mais de 2.000 páginas, o promotor lutou buscando fundamento e até agora nada de concreto que verdadeiramente macule o concurso.
Vamos ter vontade política e colocas esses aprovados para trabalhar!

Anônimo disse...

A uece comprovou mais uma vez que não tem competência suficiente para conduzir um concurso local. O fato do parentesco da comissão é apenas uma das inrregularidade, temos também a não participação da OAB para na elaboração do edital da prova oral, haja vista a mesma ter sido comunicada vinte quatro horas antes por telefone e não por ofício, ademais a participação é efetiva e não só para o dia da prova, esse fato feriu o próprio edital do concurso, o estatuto da polícia civíl que diz ser a obrigatória a participação e o estatuto da OAB. Ocorre que na prova oral havia professores de cursinhos e da unifor arguindo os candidatos, resumindo, um dia eles estavam ensinando outro dia arguindo o concurso o que beneficiou alguns candiatos, teve também inrregularidade na prova física , fato comentado no site de discussões do concurso, determinado candidato reprovado apareceu como aprovado. Resumindo, são muitos os fatos, são várias as dúvidas, nenhuma delas respondidas de forma clara e transparente pelo professor. O governador não deve admitir a continuidade deste concurso recheado de fraudes desde a prova oral até os títulos, a atitude mais correta é a anulação e a realização de um outro concurso por uma instituição de fora do estado, como a Cespe ou Fundação Carlos Chagas.

Anônimo disse...

São várias as inrregularidades. O governo precisa de um concurso sério por uma instituição de foram do estado