quarta-feira, 17 de setembro de 2008

JOBIM QUER CERCO CONTRA VEÍCULOS DE IMPRENSA QUE DIVULGAREM "GRAMPOS"


"Em depoimento à CPI das Escutas Clandestinas da Câmara, o ministro Nelson Jobim (Defesa) defendeu nesta quarta-feira punições para os veículos de imprensa que divulgarem informações obtidas por meio de grampos telefônicos ilegais. Jobim defendeu mudanças na Lei de Imprensa para evitar que os jornalistas tenham plena liberdade de divulgar informações obtidas por meio de escutas clandestinas. "Os senhores [deputados] terão que prestar atenção num ponto: não só no interceptador ilícito, mas também no vazador de informações. Se os senhores não fecharem as duas pontas, vai continuar a acontecer o que está acontecendo. Se temos em relação às interceptações ilícitas ou lícitas, em ambas há dados", afirmou.
Segundo o ministro, o Congresso deveria flexibilizar a Lei de Imprensa no que diz respeito ao sigilo da fonte --para que a imprensa em alguns casos seja obrigada a revelar como conquistou informações sigilosas. "Temos que discutir se o sigilo da fonte é ou não absoluto, ou se pode ser relativizado em casos constitucionais. Já há alguns casos em que o STF relativizou os direitos constitucionais."

(Folha Online)

4 comentários:

Anônimo disse...

Jobim tem razão. Há excessos da imprensa. Cadê o Conselho de Imprensa que a Fenaj criaria? Sumiu?

Anônimo disse...

Outro dia o Romário disse que, calado, o Pelé era um poeta.

Anônimo disse...

Jobim tem veia de ditador

Anônimo disse...

Concordo com Mário Gomes. Jobim está escancarando sua veia de ditador.

Onde já se viu querer cobrar do jornalista responsabilidade por divulgar escuta ou revelar a fonte??? Quem tem de ser cobrado pelo sigilo vazado é a autoridade. A imprensa está no seu legítimo papel de informar. E a fonte tem de ser protegida, é fundamental para a democracia.

"Se Jobim quer relativizar o sigilo da fonte, terá, antes, de rasgar a Constituição, que ele conhece muito bem. Tão bem que já confessou que fez nela algumas alterações sem consultar ninguém quando era constituinte." (R.Azevedo)


Carol