"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, em discurso na abertura da Assembléia da ONU, em Nova York, a falta de regulação do Estado na crise de crédito internacional. No entanto, ele foi otimista quanto às chances de o problema ser superado. "Somos muito maiores do que a crise que nos ameaça", afirmou. O presidente afirmou que a crise financeira é atualmente uma "dura realidade" e criticou àqueles que defendiam a auto-regulação do mercado, dispensando o papel do Estado. "A economia é séria demais para ficar na mão de especuladores", disse o presidente brasileiro. Lula aprofundou o discurso contra a liberalização dos mercados. "As indispensáveis intervenções do Estado, contrariando os analistas de mercado, mostra que é hora da política", disse ele.
"A ausência de regras favorece os aventureiros e oportunistas em prejuízo das empresas de verdade e trabalhadores", completou. Segundo Lula, a crise não será resolvida com medidas paliativas e requer profundas mudanças nos organismos econômicos multilaterais que, segundo ele, atualmente carecem de instrumentos para atuar nas crises. "Devemos reconstruí-los em bases completamente novas", disse.
Ele defendeu uma punição aos atores da crise de crédito internacional, destacando que estes privatizam os lucros que tem com a especulação e socializam os prejuízos. "O ônus da cobiça desenfreada de alguns não pode cair impunemente sobre os ombros de todos", explicou."
(Portal Terra)
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