"A bonança econômica que possibilitou o superavit de municípios e votos favoráveis a prefeitos Brasil afora no primeiro turno das eleições será seguida por forte queda na arrecadação e compelirá Estados e municípios a cortar despesas e conter os gastos. "Ninguém estava preparado para essa crise mundial, mas o fato é que a previsão de crescimento na arrecadação não irá acontecer neste ano", disse a Época NEGÓCIOS o ex-governador gaúcho Germano Rigotto (PMDB), atual membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.
Segundo afirmou Rigotto, em Estados exportadores, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, há grande preocupação nestes dias com a hipótese de haver um processo recessivo, queda de exportações e conseqüente diminuição da arrecadação. Com ele concorda o senador e economista Aloizio Mercadante, do PT. "A receita do Rio Grande do Sul cresceu 25% em 12 meses, e na maioria dos Estados brasileiros, de 15% a 20%", disse Mercadante.
"É evidente que esse ritmo não se sustenta, mas como o país está menos endividado, sem dívida indexada ao dólar, o governo tem espaço para promover uma política anticíclica, e manter investimentos e incentivos para estimular o nível de atividade".
Rigotto e Mercadante estão entre os 20 políticos brasileiros e mais de uma centena de empresários e executivos que participam, em Lisboa, do 13º Meeting internacional, promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) no Centro de Convenções do hotel Pestana Plaza. O evento contou com a presença do primeiro ministro de Portugal José Sócrates. Embora a crise financeira não estivesse no programa oficial, o senador Aloizio Mercadante foi convidado a expor um panorama da crise, que permeou os debates e é a grande preocupação dos executivos brasileiros."
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