sábado, 6 de setembro de 2008

HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO? NADA GRATUITO


"Castigando o contribuinte". Eis o artigo assinado no O POVO deste sábado pelo polêmico jornalista e advogado Themístocles de Castro e Silva. Aborda a grana que a gente paga para assistir ao horário eleitoral gratuito. Confira:

"Todos os jornais já registraram quanto custará ao pobre e suado contribuinte o chamado horário eleitoral gratuito: exatos duzentos e quarenta e cinco milhões de reais. É quanto deixará de receber o Tesouro para as necessidades do País, pois as estações de rádio e televisão fazem encontro de conta com o Imposto de Renda. Gratuito, portanto, somente para os candidatos. Quem paga imposto entra com sua parte para financiar essa baboseira que inventaram para enganar o eleitor. Observem que as promessas são as mesmas, a maioria absurda e até sem sentido. Mas o emprego é bom. Excelente salário, com parcelas indiretas, tudo de graça, inclusive gabinete, emprego "aspone" para os amigos e trabalho, que é bom, para a maioria, nada.

Como não se opera de graça qualquer iniciativa em favor do povo, quem vai eleito se limita ao papel de colunista social, com registros de aniversário, nomes de rua, debates inócuo de algum problema, votos de pesar etc. A todo parlamentar é vedado tomar iniciativa que aumente a despesa pública. E a medida é correta, do contrário cada um levaria um pedaço da arrecadação para o seu distrito ou município. Nas eleições de 50, 54 e 58 não havia essa história de "horário gratuito". Os candidatos, na sua imensa maioria, eram de qualidade moral e intelectual. Menezes Pimentel, Paulo Sarasate, Otávio Lobo, Parsifal Barroso, Plínio Pompeu, Olavo Oliveira, Wilson Gonçalves e tantos outros nunca compraram voto, nem nunca foram à TV prometer nada.

Apenas o nome era garantia de comportamento correto, sem as mazelas que observamos hoje, em todos os níveis. Por que o povo pagar 245 milhões por um programa que não melhora em nada a representação popular? Pelo contrário, ela cai de qualidade de eleição em eleição. Seria melhor para a Democracia se esses 245 milhões fossem distribuídos nas cidades mais carentes e de prefeitos honestos. Se gastam com outras despesas de campanha, por que não pagarem também o espaço usado na TV, poupando o dinheiro do contribuinte?"

4 comentários:

ericodias disse...

Ora mas essa distribuição já acontece...

Engraçado que se ache que isenção fiscal é pagamento quando se trata de horário gratuito, mas ninguém fala o mesmo da tarifa social, das empresas qe chantageiam estados e prefeituras....

O problema do mundo para este senhor é facilmente resolvido pelo estampido de um tiro e uma voz de comando....

Voces já não pararam pra pensar que o que os educados e bem formados daqui ridicularizam no programa eleitoral é exatamente o povo que eles dizem defender! Ali é o Zé do posto, a mariazinha da venda, viciadas nas politicas de cientela ou não....

Fica a pergunta do que é pior? Explorar um catatdor de lixo, fazê-lo chorar e depois sair ou mostrar uma maquete eletrônica de algo já prometido??????

Anônimo disse...

Tem gente que não gosta mas o Themistocles tem inteira razão no presente artigo.Nós estamos pagando prá ver o Chico Cabaret, o Papai Noel fora de época e um bocado de travestís coma algumas bichas loucas pelo meio.Tudo isso desfilando diante de uma justiça maluca com juizes vestindo palitós pretos todos mofados pelo tempo e pela falta de bom senso...

Alexandre Costa disse...

A crítica ao financiamento de campanha deveria ser no sentido contrário ao apontado no artigo. Na realidade, todo financiamento deveria ser exclusivamente público, para que não houvesse o conhecido comprometimento entre candidaturas e empresários e interesses econômicos. Podemos, enquanto sociedade, investir parte dos impostos na própria democracia, ou seja, na oportunidade de ter acesso às idéias daqueles que ocuparão cargos públicos.

O Jornal O Povo apresentou uma série de matérias sobre transparência, mostrando que somente os candidatos Renato Roseno (PSOL) e Carlos Vasconcelos (PCB) tiveram coragem de abrir seus livros-caixa!

Patrícia, Luizianne e Moroni têm a obrigação de dizer de onde vêm os 28 milhões que anunciaram que irão gastar! Empresas de Tasso e seus amigos e empresas que prestam serviço à prefeitura na atual gestão certamente apareceriam! Essa sim, teria de ser uma regra básica: temos o direito de saber quem está financiando quem!

Confiram: http://www.opovo.com.br/opovo/politica/817622.html

Anônimo disse...

Isso é porque o candidato do Demo o partido dele, está perdendo se fosse o contrário ele estaria bem caladinho.