"Uma das artimanhas utilizadas por grupos de execução sumária em Fortaleza e Região Metropolitana para escapar da lei é se beneficiar do tráfico de influência. No processo que apura a ação da "Cia do Extermínio" e em alguns procedimentos relativos ao mesmo caso, que estão na Corregedoria dos Órgãos da Segurança Pública, é possível mapear essa teia perniciosa. Depoimentos e escutas telefônicas indicam em, vários momentos, a ligação entre policiais civis, militares e um servidor do poder judiciário com pistoleiros ou mandante dos crimes. Nas conversas entre eles há, por exemplo, repasse de informações privilegiadas sobre movimentações processuais, existência de decretação de prisões e mandados de prisão estranhamente não cumpridos. Antes mesmo de ser preso sob acusação de ter encomendado a morte do madeireiro Miguel Luiz Neto, o empresário condenado Firmino Teles de Menezes já era considerado foragido da Justiça. Por ter sumido com máquinas e equipamentos da madeireira São Francisco (pertencente à família de Miguel), havia contra ele um mandado de prisão decretado desde 5 de outubro de 2005. Josefa Alves Pereira, viúva de Miguel Neto, diz que Firmino, apesar de não ter deixado o Estado nem o Brasil, nunca foi localizado pela delegacia de Capturas ou qualquer outra especializada. "Cheguei a dizer. no gabinete de um delegado chefão. que meu marido foi morto porque a polícia não quis prender o Firmino. Ele havia garantido, com o mandado na mão, que não se preocupasse pois iria prendê-lo", reclama Josefa Pereira."
* Do Jornal O POVO, leia mais aqui.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário