segunda-feira, 1 de setembro de 2008

LULA QUER DEMISSÃO DE RESPONSÁVEIS POR GRAMPOS

"Na tentativa de pôr fim à grave crise institucional provocada por grampos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu enquadrar a agência. Ele determinou ao diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, que demita sumariamente os responsáveis pela escuta ilegal. A decisão será comunicada hoje por Lula a Gilmar Mendes, ao vice-presidente do STF, Cezar Peluso, e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, durante reunião marcada para as 9 horas, no Palácio do Planalto. A reunião foi exigida por Mendes num telefonema ao presidente da República, no sábado à noite, por causa da revelação, pela revista "Veja", de que a Abin gravou pelo menos uma conversa do presidente do STF, tendo do outro lado do telefone o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Por causa da crise, Mendes cancelou viagem oficial que faria à Coréia do Sul. E convocou também reunião extraordinária do STF para as 16 horas de hoje. Nela, pretende que os 11 ministros do Supremo decidam o que fazer em relação aos grampos ilegais. Para o presidente do STF, é preciso haver reação contra o que ele chama de Estado policial paralelo. Ele considera que hoje há um descontrole no aparato estatal."

(Portal G1)

2 comentários:

Anônimo disse...

A primeira demissão deveria ser a dele, que é o responsável por esse estado policialesco e corrupto que se instalou no país.

Mas com o cinismo próprio dos que se dedicam à prática do ilícito, dos que caminham à margem da lei e desrespeitam o estado de direito, ele vai mandar demitir mesmo é a fonte da Veja, pode acreditar. Como no caso do dossiê feito nas barbas de Dilma: o vilão terminou sendo o que denunciou o crime, e não o bandido que o praticou.

BRASIL, UM PAÍS DE TOLOS!!!

Carol

Anônimo disse...

Eliomar, a nota do DEM mostra a gravidade da crise que se instalou por causa das escutas ilegais:

"COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO DEMOCRATAS

NOTA OFICIAL

A Comissão Executiva Nacional do Democratas, além de aguardar medidas imediatas do Congresso Nacional e do Poder Judiciário contra o avanço do governo Lula sobre o Estado de Direito, vem a público fazer as seguintes observações sobre as escutas ilegais feitas no telefone do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes:

1) encontra-se à beira do precipício a Democracia de um País onde um órgão sob o comando do presidente da República realiza escutas ilegais e viola o sigilo telefônico do presidente do Supremo Tribunal Federal;

2) a responsabilidade pelos atos criminosos que se sucedem no âmbito da Presidência da República é do presidente Lula da Silva, o chefe de um governo que se caracteriza pela mesquinhez de propósito, a irresponsabilidade política e a delinqüência institucional;

3) cumpre que o Legislativo e o Judiciário aprovem normas para preservar a Democracia ante os riscos de seguir com um governo que quebrou o sigilo fiscal e bancário de testemunhas de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), como ocorreu com o caseiro Francenildo; avançou sobre documentos da República para fazer dossiês contra a Oposição e agora ousa violar as conversas telefônicas do presidente do STF;

4) o Democratas não aceita silenciar-se ante o arremedo de Democracia que estamos vivendo e exige, além da investigação completa deste episódio e da punição dos responsáveis, medidas concretas para impedir a continuidade de tais abusos. Basta de ilegalidades. Exigimos o fim do Estado Policial e o cumprimento das regras democráticas;

5) neste país, onde nada acontece, algo vai ter de acontecer, porque não podemos seguir calados enquanto o governo Lula investe contra o Estado de Direito. Sem ação concreta para impedir a continuidade destes crimes, este governo de índole autoritária acabará atirando borda-fora as conquistas democráticas que pertencem a todos nós, brasileiros.

Brasília, 31 de agosto de 2008
Deputado Federal Rodrigo Maia
Presidente da Comissão Executiva Nacional do Democratas "

Bruno