quarta-feira, 3 de setembro de 2008

UMA SÉRIE SOBRE EXECUÇÕES NA CAPITAL

"O que determinaria a atuação persistente de matadores de aluguel em Fortaleza e em cidades da Região Metropolitana? Somente nos seis primeiros meses deste ano, segundo o próprio secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Monteiro, foram 248 execuções contra 337 ao longo de todo o ano de 2007. E com um agravante: mesmo depois da nomeação, no ano passado, de uma força-tarefa composta por cinco delegados para investigar cinco casos (que acabou elucidando mais quatro cometidos pelo mesmo grupo, totalizando nove), mandantes e executores não se intimidaram e continuaram eliminando pessoas. Hoje, na 5ª Vara do Júri, no Fórum Clóvis Beviláqua, os primeiros implicados na investigação dessa força-tarefa - que durou um ano e três meses - serão julgados pela execução do empresário Miguel Luiz Neto, morto em 27 de abril de 2007. São eles: o empresário Firmino Teles de Menezes, os seguranças Sílvio Pereira do Vale Silva ("Pé de Pato"), Rogério do Carmo Abreu ("Cu de Boi"), Claudionor Ribeiro Alexandre ("Nonô") e Paulo César Lima de Sousa ("Paulão"). Outros dois denunciados, o cabo da Polícia Militar Pedro Cláudio Duarte Pena ("Cabo Pena") e Valdemar Gomes Cirino Filho (funcionário público do Fórum Clóvis Beviláqua), recorreram da pronúncia (ordem para os réus irem a júri) e aguardam decisão do Tribunal de Justiça do Ceará. O POVO conta, a partir de hoje, histórias que revelam porque os matadores de aluguel não se retraem e seguem desafiando a Segurança Pública no Ceará. O detalhamento das investigações, do que se carimbou por "Companhia do Extermínio", revela que a participação direta ou indireta de policiais militares e civis nos assassinatos por encomenda e a falta de investigação científica na maioria das delegacias da Polícia Civil são fatores que estimulam o "negócio" da execução sumária na Grande Fortaleza."
* Do O POVO, série de reportagens aqui.

Um comentário:

ericodias disse...

Na noite de ontem o programa do caco barcelos revelou a real do ronda na periferia. A graça é que foi preciso jornalistas de fora do estado para mostrar as falhas do programa, através do registro de uma abordagem nada comunitária, da revelação do não registro de imagens e das abordagens que desaparecem das visão cameras do carro.

Mérito a este blog que tem pelo menos acompanhado os momentos em que as viaturas ficam paradas em manutenção.